quinta-feira, 10 de março de 2011



Segundo o site Wikipédia, o Sistema Estomatognático (SE) identifica um conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns, tendo como característica constante a participação da mandíbula. Como todo sistema, tem características que lhe são próprias, mas depende do funcionamento, ou está intimamente ligado à função de outros sistemas como o nervoso, o circulatório, o endócrino, e todos em geral, porque não constitui uma unidade separada do resto do organismo, mas se integra estritamente a ele, inclusive com a postura.
Tanto nos estados de saúde como nas de enfermidade, o sistema estomatognático pode influir sobre o funcionamento de outros sistemas como o digestivo, respiratório, metabólico-endócrino ect. Ou seja, SE é uma unidade funcional do organismo, formado por componentes esqueletais (maxila e mandíbula), arcadas dentárias, tecidos moles (glândulas salivares, suprimento nervoso e vascular), ATM (articulação temporomandibular) e músculos. A união destas estruturas visa alcançar o máximo de eficiência com a proteção de todos os tecidos envolvidos.

O bom funcionamento deste sistema reflete na respiração, mastigação e deglutição corretas. O problema é que muitas vezes o mau funcionamento destes sistemas aparecem somente na fase adulta, mas são formados muitas vezes no parto e nos primeiros anos de vida da criança. Entre os
sintomas do mau funcionamento do SE, pode-se ressaltar dores de cabeça e de ouvido, inflamações crônicas de garganta e escoliose. E é na primeira infância também que a maioria dos problemas podem ser prevenidos. Como principais causadores do mau funcionamento do SE, destacam-se a cesariana, já que a criança nasce de forma não natural, com grande possibilidade de que as principais vias (nariz e boca) sejam entupidas pelo líquido amniótico. O líquido amniótico pode causar ferimentos pelas vias e dificultar a formação do sistema estomatognático.


Outra causa de mau funcionamento do sistema é a fase em que o recém-nascido é amamentado. O fisioterapeuta e especialista em posturologia Francisco Miguel, da Escola de Postura Brasil, ressalta que desde cedo é indispensável que o bebê seja colocado na postura correta, para que possa sugar o leite de forma a reforçar a respiração nasal. Caso isso ocorra, o recém-nascido começa a criar, desde cedo, a respiração correta, sem que fique sufocado.

A amamentação incorreta pode causar a má formação do SE, mas a falta dela é ainda pior. Em casos que o bebê não é amamentado, há grande possibilidade de desvios no SE, devido a respiração bucal, e a má formação e estimulação da musculatura da região da boca. A mamadeira também está entre os “inimigos” do sistema estomatognático. Quando ocorre a amamentação, o bebê fica obrigado a abrir a boca, para alcançar e sugar o bico do seio. Com a mamadeira o recém-nascido não se esforça tanto, o que pode gerar uma má formação do SE.

A postura é um fator realmente muito importante ao analisarmos o SE. Ainda de acordo com Francisco Miguel, a postura referencial é proporcionada pela posição da cabeça nas diversas posturas diárias que desta forma estabelece o direcionamento da coluna cervical que desencadeia e altera o padrão do alinhamento da coluna dorsal e lombar nestes . “O sistema estomatognático, através das vias respiratórios e da distribuição do palato e no formato e realização da mastigação, desenvolvem quando não estão em equilíbrio muscular o osteo-articular um tomada de combinações em forças contrarias que aumentam o desgaste articular provocando dor e deformidande”, afirma.

Dados do Saúde News Jornal reforçam esta tese. Segundo o veículo é de extrema importância a identificação dos desequilíbrios posturais cuja origem é do Sistema Estomatognático, bem como as desarmonias vindas de outras áreas do corpo, gerando o desequilíbrio neste Sistema. Baseada nesta explicação fica clara a estatística de que 90% das dores de cabeça são causadas por disfunções estruturais da mandíbula e coluna.





Assim, de nada adianta remédios, massagens, acupunturas, ou qualquer outra terapia, se não houver o reposicionamento postural, por meio da identificação da origem física do desequilíbrio. É por meio de um correto diagnóstico, que pode ser realizado tanto na odontologia quanto em outras especialidades, como a ortopedia, que se identifica o foco do desequilíbrio do Sistema Estomatognático.

Por ter sua base na descoberta da causa e não apenas na conseqüência dos problemas estruturais, faz-se necessário a observação do paciente de uma forma integral, com especial atenção para as interferências que o Sistema Estomatognático está sofrendo ou impondo no organismo, para então buscar o seu reequilíbrio.

FALTA DE MASTIGAÇÃO





Passada a fase em que a criança para de ser amamentada, é indispensável que as mães façam alimentos que estimulem um desgaste natural dos dentes e a maturação da dentição. Massagens nas gengivas (com o acompanhamento de dentistas) também podem ajudar. A preocupação aumenta pois, nos dias de hoje, com a correria do dia-a-dia, muitas mães acabam escolhendo alimentos prontos, como pastas e papinhas, que deixam lacunas no desenvolvimento do sistema estomatognático.

Tão importante quanto promover a formação correta da dentição está o diagnóstico rápido e correto da má formação do SE. Com isso, segundo o fisioterapeuta Francisco Miguel, é possível atuar de forma mais eficiente na prevenção de problemas causados pelo mau funcionamento do sistema estomatognático. “Quando se corrige a respiração, por exemplo, podemos diminuir os sintomas e com isso melhorar o funcionamento do SE e a qualidade de vida da pessoa”, salienta Miguel.

O que a má formação do SE pode causar:

• Dor de cabeça,
• Dor de ouvido,
• Inflamações crônicas de garganta,
• Bruxismo,
• Apnéia do sono,
• Falta de concentração,
• Hiperatividade,
• Escoliose,
• Diminuição da capacidade aeróbica,
• Gastrite

NOVA TÉCNICA RECUPERA A FUNÇÃO DO SE

Segundo dados do Saúde News Jornal, mais de mil casos atendidos com mais de 90% de cura. É com esta estatística que o Núcleo R.S.E. - Recuperação do Sistema Estomatognático, formado por um grupo de cirurgiões dentistas especializados em ortopedia funcional dos maxilares, vem apresentando ao mercado um moderno e inovador sistema de tratamento que reequilíbra por completo algumas das disfunções causadoras das principais patologias e dores que acometem a população.

Baseado no funcionamento do Sistema Estomatognático – que como já vimos acima engloba as funções da respiração e mastigação, e cuja interferência se estende ao longo de toda a coluna vertebral –, o tratamento consiste na utilização de aparelhos ortopédicos funcionais intrabucais associados à fisioterapia.

Uma vez instalado, o aparelho faz com que a articulação têmporo- mandibular se posicione corretamente e passe a executar movimentos segundo a orientação dada pelo próprio aparelho e por auxilio da fisioterapia aplicada.

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO CORRETO




De acordo com Irene Queiroz Marchesan, em seu artigo sobre o assunto, ao avaliarmos o Sistema Estomatognático não podemos nos esquecer que ele é composto de partes duras e moles, ou seja, ossos e músculos. Portanto não adianta conhecer apenas as partes moles, como os lábios, língua e bochechas, tendo como justificativa o fato de que somos fonoaudiólogos, assim como não se justifica que o dentista conheça somente as partes duras, como os ossos e os dentes. A avaliação deverá ser completa. Não só examinaremos todas as estruturas que compõe este sistema, como deveremos, acima de tudo, relacioná-las entre si, já prevendo o que será possível ocorrer. Um bom clínico, ao fazer a anamnese já poderá estar examinando seu paciente.

Assim, comportamentos, posturas, hábitos e funções podem ser observadas durante as perguntas da anamnese, sejam estas feitas para os pais ou para o próprio paciente. Para que isto ocorra, é claro que a pessoa a ser examinada deverá estar presente durante a anamnese. Os terapeutas podem escolher se querem fazer a anamnese diretamente com o paciente, só com os pais ou com os pais e o paciente. As três maneiras de colher os dados podem ser adequadas, se bem utilizadas, e todas apresentarão aspectos positivos e negativos. Cada terapeuta deverá encontrar para si, ou para cada caso, a melhor maneira de conhecer a problemática dos pacientes que o procuram.

A maioria dos tratamentos não leva em conta a fisiologia humana e por isto acabam criando problemas maiores em longo prazo. Para corrigir isto é que se deve fazer a correta identificação da disfunção do paciente por meio de diversos métodos diagnósticos. No Núcleo R.S.E. este trabalho consiste de um conjunto de técnicas e “ferramentas” que vão desde um simples raio-x de crânio, fotos de corpo inteiro até uma extensa anamnese que busca identificar, por exemplo, o tipo de parto que o paciente nasceu e qual o tipo de respiração que ele utiliza (nasal ou bucal). Para completar este diagnóstico ainda é utilizada a cinesiologia aplicada, cuja base está em testes de função muscular.

O tratamento pode durar de um mínimo de três meses até três anos, e outra grande vantagem é que em função do mesmo ser progressivo e reversível, ele se adapta a qualquer faixa sócio econômica, ou seja, o paciente decide junto com o profissional a melhor maneira de prosseguir o seu tratamento de acordo com a sua disponibilidade financeira.




Figura crânio e coluna cervical
Representa a visão do conjunto ATM e Coluna Cervical que influênciam a postura referêncial


Fonte: Escola de Postura

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