sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Curso Técnico em Radiologia

Os cursos técnicos em radiologia vêm ganhando uma grande força ultimamente, inclusive tem sido alvo de muito estudantes que pretendem ingressar em uma universidade e ter uma boa profissão. O que realizar um Técnico em Radiologia? Realiza exames radiográficos convencionais. Processa filmes radiológicos, prepara soluções químicas e organiza a sala de processamento. Prepara o paciente e o ambiente para a realização de exames nos serviços de radiologia e diagnóstico por imagem, tais como: mamografia, hemodinâmica, tomografia computadorizada, densitometria óssea, ressonância magnética nuclear e ultra-sonografia. Auxilia na realização de procedimentos de medicina nuclear e radioterapia. Acompanha a utilização de meios de contraste radiológicos, observando os princípios de proteção radiológica, avaliando reações adversas e agindo em situações de urgência, sob supervisão profissional pertinente. Uma das instituições que está oferecendo curso técnico em radiologia de qualidade é a Escola CETASS em Alagoinhas-BA Veja o perfil da escola em: http://www.colegiocetas.com.br/ Fonte:Profº. Tr. Luiz Santana

TERCEIRIZAÇÃO EM RADIOLOGIA

A terceirização do trabalho do técnico em radiologia é uma realidade de mercado que vêm se disseminando principalmente nos grandes centros. Para os proprietários de clínicas, empresários é uma solução referente às questões trabalhistas que envolvem a contratação do pessoal técnico, na medida em que aparentemente desvincula o profissional do serviço radiológico.
OS MITOS DA TERCEIRIZAÇÃO. O Jornal Correio Brasiliense publicou no mês de julho do corrente, artigo do Empresário e Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizados e de Trabalho Temporário, Sr. Jan Wiegerinck, sobre os mitos da terceirização. Ressalto a importância do tema publicado, especificamente quanto à situação vivenciada pelos profissionais das Técnicas Radiológicas deste país, que viram nesta última década, em seus respectivos locais de trabalho, a substituição do seu serviço com garantias trabalhistas por empresas de serviços terceirizados. Abaixo a transcrição do referido artigo, para que possamos analisar até onde a terceirização é benéfica ou maléfica para os profissionais Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia que congregam o Sistema CONTER/CRTRs. A expressão “perder o bonde da história” aplica-se aos países que não acompanham a dinâmica dos tempos. O Brasil costuma freqüentar essa lista. Principalmente no tocante ao contexto da produção e do trabalho. Dentre as propostas para o fortalecimento do setor produtivo do país, uma se vincula diretamente à questão do emprego. Os números mostram que de 9% a 12% da população economicamente ativa – o percentual varia de acordo com o instituto de pesquisa – está desempregada. O índice chega a alcançar 18% em regiões metropolitanas como a Grande São Paulo. Nessa moldura, insere-se a terceirização de serviços, tendência que, apesar de se expandir em todo o mundo, ainda é criticada. A terceirização proclama a eficácia, maior produtividade e flexibilidade, concretizando-se na especialização. O médico já não manipula remédios em seus consultórios, deixando-os para os laboratórios especializados. Tarefas simples, como limpeza; intermediárias, como logística; ou mais complexas, como processamento de dados, são delegadas a terceiros. E, por que ainda há quem pregue a restrição ou até a proibição da terceirização de serviços? Alguns usam argumentos trabalhistas e sociais. No Brasil, a oposição se ampara na falsa idéia de que o trabalhador de empresa intermediária de prestação de serviços tem salários menores e direitos menos garantidos. Critica-se, ainda, a posição do terceirizado, não integrada socialmente na estrutura da empresa onde executa as atividades. O tema está na ordem do dia e foi discutido na reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra, no mês passado. Os quadros internos das empresas – costuma-se afirmar – são melhor remunerados do que os profissionais terceirizados, o que não é uma verdade absoluta. Se a empresa terceirizada integra uma área como limpeza ou call Center, o trabalhador terá um salário mais baixo. Mas em atividades como tecnologia de informática, os níveis salariais de médios para altos se equivalem. É evidente que a composição salarial decorre de um conjunto de fatores como produtividade, experiência, formação profissional etc. O salário não é resultado de uma relação jurídica, mas de um conjunto complexo de fatores. E salários menores possibilitam mais empregos, particularmente em espaços que não carecem de alta especialização. A flexibilização de níveis salariais na terceirização ajuda a reduzir o desemprego. É uma escolha que a sociedade deve fazer: mais empregos, alguns com menor remuneração, ou mais desemprego. Quanto à garantia dos direitos, o trabalho em uma empresa grande propicia maior segurança ao trabalhador. Mas essa também não é uma verdade absoluta. Hoje em dia, há empresas terceirizadas até maiores que suas contratantes. E mesmo as não tão grandes oferecem situação mais segura ao trabalhador. Vejamos a questão da inserção social. O trabalhador terceirizado “serve a dois senhores”. É verdade, pelo fato de ser empregado de uma e trabalhar em outra. Mas a situação não é tão inusitada quanto parece. Qualquer pessoa que trabalha numa empresa “serve a dois senhores”: a própria empresa e o cliente desta. E o trabalhador não se dá conta que o salário dele dependerá mais do cliente do que do patrão. Servir bem ao cliente é atender a responsabilidade que o trabalhador tem com a empresa da qual é empregada. E não são raros os casos em que terceirizados são efetivados pela contratante. Em suma, a terceirização, fenômeno que se alastra no mundo do trabalho, veio para ficar. Pretender eliminá-la é perder o bonde da história. Terceirização, na essência, não é redução de salários ou de garantias do trabalhador. Trata-se de uma ferramenta para tornar o processo mais produtivo, gerando mais renda e emprego. Já não há sentido em discutir o que é atividade-fim e atividade-meio. Todo trabalho é meio. Nunca é um fim em si. Para o trabalhador, tanto faz se sua tarefa é fim ou meio para a empresa que o remunera ou para o cliente dela. Quando ainda Presidente do CONTER e do Conselho Editorial da Revista daquele Órgão, publicamos no último trimestre de 2003 matéria que tratava sobre o assunto “terceirização”. Naquela oportunidade, Ministério Público do Trabalho e entidades condenavam a terceirização. Motivos não faltavam: diminuição na oferta de vagas, fraudes contra a Previdência e ameaça à saúde dos pacientes e dos próprios profissionais. Passados quase 3 anos após levantarmos contra às ilegalidades que estavam sendo praticadas em nome da terceirização, o que mudou nos dias de hoje? Encaminhe sua opinião ao nosso Regional, para que possamos criar um fórum de discussões acerca do assunto. É de suma importância, também, a atuação do Sistema CONTER/CRTRs nesse assunto, o qual, como Órgão orientador e fiscalizador, poderá emitir Resoluções que propiciem aos seus profissionais maior visibilidade ao contrato trabalhista, cujo conteúdo deverá conter cláusulas que observem parâmetros éticos e disciplinares, impeçam o aviltamento salarial, a concorrência desleal e o desemprego, proporcionando maior segurança aqueles que participam das cooperativas e das empresas terceirizadas.

Higienização em ambientes de saúde

A higienização é um serviço de muita especialização, que só pode estar nas mãos de quem as instituições de saúde podem realmente confiar! Em ambientes tão particulares, como hospitais, clínicas ou laboratórios, ter capacitação técnica e competência são apenas algumas das condições básicas e necessárias para que um prestador de serviços na área de higienização esteja apto a atuar em qualquer organização do segmento. É preciso entender o ambiente e estar perfeitamente familiarizado com a filosofia de atendimento ao paciente que as instituições de saúde seguem na atualidade. Toda a gama de serviços oferecidos deve estar à altura da qualidade que os clientes, no caso pacientes, exigem, que o mercado prega e que a concorrência determina.
Com a higienização, não é diferente. Os ambientes da área da saúde procuram, hoje, oferecer aos pacientes o bom atendimento da área de hotelaria aliados ao compromisso de ambientes totalmente descontaminados. Para que essa higienização consiga atender às duas necessidades, faz-se necessário que o prestador esteja sempre bastante alinhado à CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), junto a qual ele estará desenvolvendo o Manual de Procedimentos de Higienização, o Manual de Produtos Químicos, Técnicas de desinfecção para áreas críticas, semi-críticas e não críticas, assim como o PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde). Ainda dentro desse compromisso junto a CCIH, o prestador necessita ter dentro do seu quadro enfermeiras capacitadas a oferecer treinamento técnico aos seus colaboradores onde devem ser abordados pontos como: noções de microbiologia, definição de áreas críticas, semi-críticas e não críticas, segregação de resíduos hospitalares, lavagem das mãos, definição de termos (Limpeza, Asseio, Desinfecção, Higiene, Limpeza Concorrente, Limpeza Terminal), entre outros. De: Foster Serviços

LIMPEZA

Para cada tipo de espaço, há uma técnica e uma necessidade na hora de higienizar e conservar. Você já pensou que nenhuma pessoa, espaço, edificação ou cliente são iguais? As exigências, o conceito de qualidade, as necessidades mudam muito, não é mesmo?
Porque limpeza, hoje, é muito mais que remover sujeira, é uma questão de biossegurança; sabemos inclusive que é através dela que evitamos as doenças, conquistamos bem-estar e mais produtividade no viver e no trabalho. Por causa desta importância e do risco que uma limpeza inadequada oferece é que já se foi – há muito tempo – o conceito água e sabão. Limpeza profissional requer técnicas e procedimentos adequados, que necessitam do auxílio de profissionais especializados. Foster Serviços Fonte:http://www.facebook.com/profile.php?id=100002937924372&sk=wall

Sucesso Profissional – Inteligência Emocional

Sucesso Profissional – Inteligência Emocional O sucesso profissional sempre foi um desejo de consumo de muitos – embora poucos tenham o atingido – devido ao status que isso lhe apresentaria diante a sociedade, o poder que isso representaria em sua vida, visto que no cerne da sociedade uma boa condição social representa um grande nível de poder. Esse anseio que em épocas mais remotas eram destinados apenas aos homens, pois, haviam valores sociais e morais que convergiam essa ideologia como responsabilidade masculina e de certa forma afirmava um grau de virilidade, deixou de ser uma regra a partir dos anos 60 quando a chegada da chamada liberdade sexual trouxe consigo uma tendência igualitarista, onde homens e mulheres viveriam de uma forma mais homogênea, ambos tentando se destacar dentro dos padrões vigentes. Desde então, as mulheres cada vez mais estão em busca do sucesso profissional investindo no aprimoramento de suas atividades profissionais. Isso reflete a grande disputa de mulheres em cargos cada vez mais importantes no modelo de sociedade atual, hoje ambos os sexos possuem a ânsia de múltiplas conquistas e sucessos. Mas qual será o segredo para o sucesso profissional? Quais as tendências do mercado atual? Qual seria o modelo de profissional competente? Qual a importância dos fatores psicológicos nesse processo? Qual a importância de um desenvolvimento emocional completo? Qual a importância do equilíbrio emocional no desenvolvimento das atividades profissionais? O conhecimento técnico é tudo que necessito para obter sucesso profissional? Ao cogitar sobre essas questões estabeleci uma linha de raciocínio respaldada na importância da maturidade emocional como fator primário para o desenvolvimento de um indivíduo bem sucedido profissionalmente. As próximas linhas deste texto foram desenvolvidas basicamente, tendo como referência obras de Flavio Gikovate, médico psiquiatra formado pela USP e Daniel Goleman psicólogo membro visitante do corpo docente da Harvard University e co-presidente do conselho do Consórcio para a Aprendizagem Social e Emocional no Local de Trabalho. Segundo Goleman, o desenvolvimento do coeficiente emocional é cada vez mais importante para o sucesso profissional e alguns estudos na área comprovam que a probabiliade de uma pessoa inteligente emocionalmente ser bem sucedida profissionalmente é maior do que de uma pessoa com baixa inteligência emocional. A inteligência emocional está na capacidade de gerenciar as emoções em si mesmo e nos outros, aspecto importante do desenvolvimento profissional. Um indivíduo inteligente emocionalmente é um individuo que possui um trato de delicadeza para lidar com dificuldades e tensões geradas no ambiente profissional, lembrando que cada vez mais o mercado de trabalho atenua a entrada de pessoas indiciplinadas e agressivas. Um indivíduo imaturo emocionalmente é um indivíduo que não desenvolveu sua capacidade emocional, indivíduos que após a vida adulta continuam a ter reações infantis, ou seja, conceitos infantis ainda presentes no processo emocional de um indivíduo desenvolvido cronologicamente. Tais indivíduos adotam comportamentos típicos de uma criança, isto é, pouca tolerância a contrariedades e frustrações, agindo de forma agressiva quando contrariados, assim como crianças mimadas que não aceitam que suas idéias sejam bloqueadas. Outra característica de imaturidade emocional é a ação acusativa presente na conduta do indivíduo, ou seja, quando há um erro cometido no ambiente profissional sempre é o outro o responsável nunca ele, sempre egoísta e acredita que seus direitos estão acima dos direitos dos outros. Esses indivíduos não desenvolveram a prática da empatia, que se resume no ato de se colocar no lugar do outro para entender ou ao menos supor o que está presente em sua mente e a partir daí tomar uma atitude. Pensamento este que se aproxima muito do conceito do filósofo Neerlandês, Spinoza em relação à sua ética. Spinoza afirma que a partir da imaginação o indivíduo pode utilizar a razão para identificar o que há de comum entre os homens e a partir daí conseguir compreender funcionamentos gerais e estabelecer noções comuns, o que resultaria em uma atitude ética. Pessoas emocionalmente fracas não são capazes de ver ou supor o mundo pelo ângulo do outro e curiosamente justificam suas atitudes agressivas com a idéia de que possuem personalidade forte, mas na verdade são indivíduos emocionalmente fracos que não conseguiram absorver grandes conceitos da vida e a palavra respeito não existe em seu vocabulário. O bom senso é um requisito primordial para a maturidade emocional, podendo ser denominado como o ponto da justiça, um ponto intermédio entre as polaridades, ou seja, não abro mão do que é meu em favor do outro nem atribuo para mim o que não é direito meu. Na atualidade este conceito é requisito fundamental para quem quer ter sucesso na carreira profissional. Como já citado o indivíduo imaturo emocionalmente possui pouca tolerância a contrariedades e frustrações, por isso, não se aventura em novas possibilidades e não arriscando não pode inventar nada, nem se destacar no mercado de trabalho, aliás, a criação se da por um processo de exploração das possibilidades e o ato de explorar tais possibilidades geram dúvidas e frustrações, o que são fatores intoleráveis ao imaturo emocional. E as grandes idéias da vida não surgem como um passe de mágica, elas necessitam de um estado mental, de uma maturidade emocional, depende de uma coragem para o fracasso. O processo de criar, produzir, reinventar permanentemente é o grande fascínio da vida, pois, a vida é um processo e não a chegada, algumas pessoas acreditam que vencer é chegar ao topo, mas depois de tê-lo atingido o que lhe resta? Trabalhar novamente naquilo que o levou ao topo, ou seja, continuar criando, produzindo e reinventando. Rodrigo Pigozzi de Carvalho Fonte: Site playmagem

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Médicos usam mesmas áreas do cérebro para nomear objetos e fazer diagnósticos

Desvendar mecanismos cerebrais contribui para o aprimoramento dos diagnósticos, reduzindo erros médicos, indica estudo feito na FMUSP e University College de Londres. Ao fazer diagnósticos, os médicos utilizam os mesmos mecanismos cerebrais empregados para nomear objetos, de acordo com um estudo realizado por um grupo de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e do University College de Londres, na Inglaterra. O trabalho teve seus resultados publicados na revista PLoS One.
De acordo com os autores, é a primeira vez que se estudam os mecanismos cerebrais utilizados pelos médicos para fazer diagnósticos. Desvendar esses mecanismos, segundo eles, pode contribuir para o aprimoramento de métodos e técnicas diagnósticas, reduzindo erros. O trabalho foi realizado no âmbito do programa Cooperação Interinstitucional de Apoio à Pesquisa sobre o Cerebro (CInAPCe), financiado pela FAPESP. Participaram do estudo Marcio Melo e Daniel Scarpin, do Laboratório de Informática Médica da FMUSP, Edson Amaro Jr., Rodrigo Passos e João Sato, do Instituto de Radiologia da FMUSP, e Karl Friston e Cathy Price, do Centro de Neuroimagem do Univeristy College. Amaro Jr. é um dos pesquisadores principais do Cinapce. Segundo Melo, primeiro autor do estudo, os resultados do estudo mostram que as áreas cerebrais ativadas durante a tarefa de realizar diagnósticos é muito semelhante às áreas ativadas quando se nomeia objetos. O trabalho indica que diagnósticos feitos a partir do rápido reconhecimento visual de sinais clínicos podem se basear em mecanismos neuronais semelhantes àqueles usados para nomear objetos no cotidiano. “Os resultados desse estudo implicam que o vasto conhecimento acumulado em pesquisas de neurociência cognitiva sobre o reconhecimento e denominação de objetos pode ser aproveitado para o aprimoramento de práticas diagnósticas”, disse Melo à Agência FAPESP. Segundo ele, os médicos frequentemente chegam aos diagnósticos nos primeiros momentos de contato com os pacientes – às vezes até mesmo antes que os doentes relatem seus sintomas. Quando o médico vê um paciente com icterícia, por exemplo, pensa imediatamente no diagnóstico de doenças hepáticas. “Esse tipo de diagnóstico, imediato e automático, é chamado de reconhecimento de padrões. A nossa hipótese era de que para fazer o diagnóstico nessas circunstâncias, os médicos utilizariam os mesmos mecanismos cerebrais que são mobilizados para reconhecer e identificar objetos no nosso cotidiano”, afirmou. A fim de realizar o estudo, os cientistas desenvolveram um novo modelo experimental que utiliza o diagnóstico de lesões em radiografias de tórax como exemplo de diagnóstico com base em informações visuais. “Utilizamos a ressonância magnética funcional para detectar ativações cerebrais enquanto os médicos, deitados dentro do aparelho, faziam diagnósticos de lesões em radiografias toráxicas”, explicou Melo. Para o experimento, foi empregado um equipamento de ressonância magnética utilizado para pesquisas no Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas. As imagens eram projetadas por 1,5 segundo e o radiologista tinha, além desse período inicial, mais 2 segundos para responder qual era o diagnóstico. Como comparação, os médicos também identificavam e nomeavam animais cujos desenhos eram inseridos nas imagens radiológicas. “Deitado no tubo do aparelho de ressonância magnética, os médicos podiam observar as radiografias por meio de um sistema de espelhos. Cada um observou 180 imagens, sendo 60 de lesões radiológicas, 60 de animais e 60 de letras”, disse. O tempo médio de resposta, definido como o tempo entre o início da apresentação da radiografia e o início da vocalização do diagnóstico, foi de 1,33 segundo. Para a nomeação dos animais, o tempo médio de resposta foi 1,23 segundo. “Esses tempos de resposta são uma indicação de que esse tipo de diagnóstico pode ser muito rápido. A maioria dos radiologistas relatou que, além do nome da lesão, surgiam diagnósticos diferenciais de algumas lesões. Isto é, os 3,5 segundos gastos com cada imagem eram suficientes para o médico chegar a pensar em diagnósticos específicos”, disse Melo. Visão e diagnóstico Os resultados mostraram que as áreas cerebrais ativas durante o diagnóstico das lesões eram muito semelhantes àquelas detectadas durante a nomeação de animais, segundo Melo. “Os resultados são coerentes com nossa hipótese de que diagnósticos feitos a partir do rápido reconhecimento visual de sinais clínicos são baseados em mecanismos neuronais semelhantes àqueles usados para nomear objetos no cotidiano”, afirmou. Segundo Melo, os resultados indicam que os amplos conhecimentos acumulados nos estudos de neurociência cognitiva sobre a identificação e nomeação de objetos poderão ser utilizados no desenvolvimento de métodos para incrementar a competência dos médicos em tarefas diagnósticas que envolvam a visão. “Além disso, a hipótese conceitual e a nova abordagem metodológica utilizadas no estudo poderão abrir novos caminhos para o aumento do conhecimento a respeito dos processos cerebrais que levam a diagnóstico médico”, disse. O artigo How Doctors Generate Diagnostic Hypotheses: A Study of Radiological Diagnosis with Functional Magnetic Resonance Imaging, de Marcio Melo e outros, pode ser lido em www.plosone.org.

Aplicativo da GE permite diagnóstico por meio de tablets e smartphones

A GE Healthcare recebeu a liberação do FDA (Food and Drug Administration – Administração de Alimentos e Medicações) para aplicativo móvel que permite o uso de smartphones e tablets para diagnosticar pacientes remotamente.
Batizado de Centricity Radiology Mobile Access 2.0, o app é o primeiro a ter a liberação do FDA para diagnóstico primário por meio de acesso de imagens e relatórios do Centricity PACS. Os dados do paciente não são arquivados nos dispositivos móveis. Em vez disso, as imagens são renderizadas no servidores Centricity PACS e reproduzidas nos dispositivos móveis, gerando imagens para iPads ou iPhones em alta resolução e relatórios de tomografia computadorizada e ressonância magnética. O aplicativo permite que os radiologistas ampliem as imagens médicas, as manuseiem e visualizem em 3D, afirmou o gerente geral de marketing global para soluções da GE, Jeanine Banks. A habilidade de não apenas visualizar, mas também diagnosticar significa um grande aumento para a produtividade dos radiologistas, afirmou Banks. De acordo com Banks, a tecnologia abre oportunidades para que os radiologistas recebam pagamento por suas leituras. “Muitas clínicas radiológicas enfrentam a diminuição de seus reembolsos juntamente com o aumento da demanda”, explica. O sistema de informação radiológica, oferecido pela GE, é certificado programa americano de incentivos HITECH Act’s Meaningful Use (MU). Estudo recente com 216 radiologistas, realizado pela KLAS e o Radiological Society of North America, apontou que 60% dos pesquisados planejam usar a tecnologia e consideram participar do programa americano HITECH Act’s Meaningful Use. Cerca de 28% pretendem se qualificar para o programa de incentivos dos EUA, chamado HITECH Act e 27% consideram o assunto. Somente 6% dos profissionais se consideram “muito familiarizados” com o programa. O grande problema dos radiologistas é que grande parte dos critérios requisitados durante fase 1 do programa envolve informações que eles geralmente não coletam. “Por exemplo, os radiologistas não costumam perguntar sobre o hábito de fumar ou alergias”, explica Banks. Apesar de a participação no programa MU ser fraca entre os radiologistas, Banks disse que espera que isso mude. “Acreditamos que o Estágio 2 terá critérios mais explícitos para radiologistas”.

13 novidades científicas sobre radiologia

Confira as conferências de destaque do maior evento de radiologia do mundo, que está acontecendo em Chicago (EUA)
Entre as maiores conferências programadas ao longo dos seis dias de conteúdo do RSNA – a maior assembléia de radiologia anual do mundo (Radiological Society of North America) -, 13 são destaques em termos de tecnologia e comprovações científicas. 01. Caminhos Cerebrais Funcionais em Crianças com Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) Por meio da Ressonância Magnética Funcional (FMRI), investigadores identificaram anormalidades nos cérebros de crianças com déficit de atenção / hiperatividade (TDAH), que podem servir como um biomarcador para a desordem, de acordo com um estudo divulgado durante o RSNA (Radiological Society of North America), em Chicago (EUA). O TDAH é uma das doenças mais comuns na infância. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, não há um único teste capaz de diagnosticar uma criança com o transtorno. “Diagnosticar o TDAH é muito difícil por causa de sua grande variedade de sintomas comportamentais”, disse o pesquisador Li Xiaobo, Ph.D., professor assistente de radiologia no Albert Einstein College of Medicine, em Nova York. “Estabelecer um biomarcador de imagem confiável do TDAH seria uma grande contribuição para o campo”, completa. Os pesquisadores submeteram 18 crianças com o transtorno (faixa etária 9-15 anos) ao FMRI. Para cada participante, a ressonância produziu um mapa de ativação cerebral que revelou quais regiões do cérebro se tornou ativada enquanto a criança realizava determinada tarefa. Os pesquisadores então compararam os mapas cerebrais a ativação dos dois grupos. Em comparação ao grupo de controle normal, as crianças com TDAH mostraram atividade funcional anormal em várias regiões do cérebro envolvidas no processamento de informações a atenção visual. Os pesquisadores também descobriram que a comunicação entre regiões do cérebro, durante o processamento visual, foi interrompido nas crianças com ADHD. “O que isto nos diz é que as crianças com TDAH utilizam diferentes vias de funcionamento do cérebro para processar as informações”, disse Li. Pesquisadores: Co-autores são Shugao Xia, Ariane Kimball e Craig Branch, Ph.D. 02. Restrição de Calorias Melhora a Função Cardíaca em Pacientes Obesos e Diabéticos A dieta de baixa caloria elimina a dependência de insulina e melhora a função cardíaca de pacientes obesos com diabetes tipo 2, segundo um estudo apresentado durante o Radiological Society of North America (RSNA). “É impressionante ver como uma intervenção relativamente simples de uma dieta baixa em calorias efetivamente cura a diabetes mellitus tipo 2″, disse o principal autor do estudo, Sebastiaan Hammer, MD, Ph.D., do Departamento de Radiologia da Leiden University Medical Center, na Holanda. Usando ressonância magnética cardíaca, os pesquisadores analisaram a função cardíaca e gordura pericárdica em 15 pacientes, incluindo sete homens e oito mulheres com diabetes tipo 2 antes e após quatro meses de uma dieta composta de 500 calorias diárias. Mudanças no índice de massa corporal (IMC) também foram avaliadas. Os resultados mostraram que a restrição calórica resultou em uma redução no IMC de 35,3 para 27,5 em quatro meses. A gordura do pericárdio diminuiu de 39 mililitros (ml) para 31 ml. Hammer salientou que estes resultados sublinham a importância de incluir estratégias de imagem nestes tipos de regimes terapêuticos. Pesquisadores: Co-autores são W. Jan Smit, MD, Ph.D., Johannes A. Romijn, MD, Ph.D., Jacqueline Jonker, MD, Marieke Snel, MD, Albert De Roos, MD, Hildo Cordeiro, MD, e Rutger W . Van Der Meer, MD 03. Imagem 3D Facilita Transplante de Face Humana A combinação de imagens médicas convencionais e técnicas em 3D oferecem nova esperança às vítimas de graves lesões faciais. Resultados de um novo estudo sobre transplante de rosto humano, liderada por Darren M. Smith, MD, residente de cirurgia plástica da Universidade de Pittsburgh Medical Center (UPMC), foram apresentados durante o Radiological Society of North America (RSNA) . As imagens médicas desempenham um papel importante em todo o processo de transplante de face, desde a seleção de dadores, beneficiários e planejamento cirúrgico, até a avaliação pós-operatória do motor de retorno e função sensorial. Transplante de rosto é um procedimento moroso, complicado, que envolve a reconstrução de vários tecidos, como pele, músculo, vasos sanguíneos, nervos e ossos. Atualmente, para se preparar para os modelos de plástico facial transplante, ou gesso são inicialmente baseados criado em 3-D TC ou angiografia ou reconstrução. Depois disso, zombam dissecações de cadáveres são realizados para permitir que os cirurgiões para planejar as cirurgias doador e receptor. Exames de imagem de ressonância magnética e outros também podem ser utilizados para fornecer informações suplementares. Ao combinar informações de vários exames de imagem e sofisticado software de imagem 3-D, os pesquisadores conseguiram avaliar com maior precisão a estrutura facial e seus contornos, osso subjacente, músculos, nervos e vasos, bem como a extensão dos danos . Os médicos Smith e Gorantla, junto com Joseph Losee, MD, integraram 3-D CT, angiografia TC, RM, de alta definição, criar um modelo 3-D da cabeça do paciente e da anatomia do pescoço. 04. Tomografia Computadorizada Recria Violino Stradivarius Uma tomografia computadorizada (TC) de imagens e técnicas de fabricação avançadas foi usada por uma equipe de especialistas para reproduzir um violino Stradivarius 1704. Para criar um violino com as mesmas características do Stradivarius, o radiologia Steven Sirr, MD, de FirstLight Medical Systems em Mora, Minnesota, trabalhou com fabricantes de violino. O violino original foi digitalizado com um detector CT 64, e mais de 1.000 imagens CT foram convertidas em arquivos, que podem ser lidos por um roteador controlado por um programa de computador chamado CNC. Com o CNC, feito sob medida para o projeto, o pesquisador esculpiu as partes traseira e dianteira e placas de rolagem do violino. F 05. Hormônio do Crescimento Aumenta a Formação óssea em Mulheres Obesas Em um novo estudo apresentado durante o Radiological Society of North America (RSNA), a reposição de hormônio de crescimento por seis meses aumenta a formação óssea do abdômen de mulheres obesas. “Esta é a primeira vez que os efeitos do hormônio de crescimento sobre o osso têm sido estudados na obesidade”, disse o principal autor do estudo, Miriam A. Bredella, MD, um radiologista do Massachusetts General Hospital e professor assistente de radiologia da Harvard Medical School, em Boston. “O hormônio do crescimento é extremamente importante para a saúde óssea, e as mulheres com gorduras abdominais têm ossos mais fracos e níveis de hormônios de crescimento reduzidos.” O estudo mostrou que 32% das mulheres tinham perda óssea. Depois de seis meses, as mulheres que receberam hormônio de crescimento desenvolveram formação óssea, aumento da gordura da medula óssea e massa muscular, e maiores níveis de vitamina D. Pesquisadores: Co-autores são Eleanor Lin, Daniel J. Brick, Anu Gerweck, Lindsey M. Harrington, Martin Torriani, MD, Bijoy Thomas, MD, Anne Klibanski, MD, e Karen Miller, MD Esta pesquisa foi suportada pelo National Institutes of Health (NIH concede R01 HL-077674 e K23 RR-23090). 06. Uma Bola de Futebol Pode Levar a Lesões Cerebrais Usando um “diffsuin tensor imaging” (DTI) para estudar os efeitos do futebol, os pesquisadores descobriram que os jogadores que cabecearem uma bola com alta freqüência têm anormalidades cerebrais semelhantes aos encontrados em lesões cerebrais traumáticas (TBI) pacientes. A avançada técnica DTI de ressonância magnética (RM) permite que os pesquisadores avaliem as mudanças microscópicas na matéria branca do cérebro, que é composta de milhões de fibras nervosas chamadas de axônios que atuam como cabos de comunicação conectando várias regiões. DTI produz uma medida, chamada anisotropia fracionada (FA), do movimento das moléculas de água ao longo de axônios. Em substância branca saudável, a direção do movimento da água é bastante uniforme e medidas em alta FA. Quando o movimento da água é mais aleatória, os valores FA diminuem. Michael L. Lipton, MD, Ph.D., diretor associado do Centro de Pesquisa de Ressonância Magnética Gruss no Albert Einstein College of Medicina e diretor médico dos serviços de ressonância magnética no Montefiore Medical Center, em Nova York conduziu, juntamente com outros colegas, exames de DTI em 32 jogadores amadores de futebol (idade média: 30,8 anos), os quais têm desempenhado o esporte desde a infância. Eles compararam as imagens cerebrais dos que deram cabeçadas com mais freqüência e os restantes. Entre os dois grupos, houve diferenças significativas na FA em cinco regiões do cérebro. As regiões identificadas pelos pesquisadores são responsáveis pela atenção, memória, funcionamento executivo e funções de ordem superior visual. “O que nós mostramos aqui é prova irrefutável de que há alterações no cérebro que se parecem com lesão cerebral traumática, como resultado da posição de uma bola de futebol com alta freqüência”, disse Dr. Lipton. Dado que o futebol é o esporte mais popular em todo o mundo e é jogado extensivamente por crianças, estas são conclusões que devem ser levados em consideração, a fim de proteger os jogadores de futebol.” Pesquisadores: Co-autores são Namhee Kim, Ph.D., Molly Zimmerman, Ph.D., Richard Lipton, MD, Walter Stewart, Ph.D., Edwin Gulko, MD, e Craig Branch, Ph.D. 07. Novo Estudo Suporta Mamografia em Mulheres a Partir dos 40 Mulheres na faixa dos 40 sem histórico familiar de câncer de mama são tão propensas a desenvolver câncer de mama como as mulheres com histórico familiar da doença. Esses achados indicam que as mulheres nessa faixa etária se beneficiariam de mamografia preventiva anual. “Acreditamos que este estudo demonstra a importância da mamografia para as mulheres nessa faixa etária, que está em oposição às recomendações emitidas pela Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA”, disse Stamatia V. Destounis, MD, radiologista e sócio-diretor da Elizabeth Wende Cuidados com o peito, LLC, em Rochester, NY. Pesquisadores: Co-autores são Jenny Song, MD, Posy Seifert, DO, Philip Murphy, MD, Patricia Somerville, MD, Wende Logan-Young, MD, Andrea Arieno, BS, e Renee Morgan, RT 08. Simulador de Parto Melhora a Segurança das Mulheres Um software de computador combinado com ressonância magnética (MRI) do feto pode ajudar os médicos a avaliar melhor uma mulher em potencial para um parto difícil. O bebê deve mover-se através de uma sequência específica de manobras. Uma falha no processo, como uma cabeça voltada para o lado errado na hora errada, pode resultar em um parto difícil. “A mecânica do canal de nascimento humano para fazer um processo de entrega muito complicado comparado ao de outros mamíferos”, disse Olivier Ami, MD, Ph.D., um obstetra no Departamento de Radiologia da Antoine Béclères Hospital, Université Paris Sud, França. “Nós agora temos simulado por computador parto para identificar potenciais problemas.” Usando o novo software, chamado PREDIBIRTH, o médico Olivier Ami, MD, Ph.D., obstetra no Departamento de Radiologia da Antoine Béclères Hospital, Université Paris Sud, França e sua equipe processaram ressonâncias de 24 mulheres grávidas. O resultado foi uma reconstrução tridimensional (3-D) da pélvis e do feto, juntamente com 72 trajetórias possíveis da cabeça do bebê pelo canal do parto. Com base nessas simulações, o programa marcou cada probabilidade de mães de parto normal. Pesquisadores: “Co-autores são Lucie Cassagnes, MD, Jean-Francois Uhl, MD, Didier Lemery, MD, Ph.D., Vincent Delmas, Gérard Mage, MD, Ph.D., e Louis Boyer, MD 09. Nova Tecnologia Proporciona aos Pacientes Controle de Compartilhamento de Imagens Médicas Pacientes de três grandes instituições médicas podem controlar o compartilhamento de suas imagens médicas e relatórios com seus médicos e prestadores de serviços médicos. Ao facilitar o acesso aos exames de imagem para pacientes e médicos, a rede potencialmente reduz exames desnecessários, minimiza a exposição à radiação do paciente e permite mais segurança na hora da tomada de decisão. David S. Mendelson, MD, chefe de informática clínica no The Mount Sinai Medical Center, em Nova York cidade e membro do Comitê de Informática Radiologia RSNA coordena projeto, lançado em 2009, através de um contrato de US$ 4,7 milhões com o Instituto Nacional de Imagem Biomédica e Bioengenharia (NIBIB) para construir uma rede de compartilhamento de imagens médicas, centrada no paciente, segura. A iniciativa permite que o paciente acesse as informações através de registros pessoais de saúde (PHR), sem depender de CDs. Para garantir a privacidade do paciente, o projeto baseia-se no tipo de sistemas de segurança usados pelos bancos. Os pacientes recebem um código de oito dígitos e, em seguida, criam uma senha ou PIN conhecido apenas por eles. 10. Pedidos desnecessários de Exames de Imagens aumentam Os médicos que têm um interesse financeiro em equipamentos de imagens são mais propensos a submeterem seus pacientes a exames de imagem, por vezes, desnecessários, de acordo com um estudo apresentado durante o Radiological Society of North America (RSNA). Este fato tem aumentado os custos médicos, segundo Ben E. Paxton, MD, residente de radiologia no Duke University Medical Center, em Durham, NC. Entre 2000 e 2005, a propriedade ou locação de equipamentos de ressonância magnética por não-radiologistas cresceu 254%, em comparação com 83% entre os radiologistas. Os EUA Government Accountability Office (GAO) relataram que a proporção de não-radiologistas de faturamento de imagens mais do que dobrou de 2000 a 2006. Durante esse mesmo período, as taxas de utilização de imagem por não-radiologistas que controlam encaminhamento de pacientes cresceu 71%. Eles revisaram 500 exames consecutivos de diagnóstico de ressonância magnética da coluna lombar ordenados por dois grupos ortopédicos dos EUA. O primeiro grupo tinha interesse financeiro no equipamento de ressonância magnética (F1), e o segundo não tinha (NF1). Houve 86% mais exames negativos no grupo FI que o grupo NFI, indicando um número significativamente maior de exames desnecessários. Pesquisadores: Co-autores são Mateus Lungren, MD, Sin Jung-Ho, Ph.D., e Peter Kranz, MD 11. Risco de Ataque Cardíaco Difere entre Homens e Mulheres As conclusões sobre coronária angiografia por Tomografia computadorizada (CTA), um teste não-invasivo para avaliar as artérias coronárias, mostram cenários de risco diferentes para homens e mulheres, de acordo com um estudo apresentado hoje no Radiological Society of North America (RSNA). Doença arterial coronariana (DAC) é um estreitamento dos vasos sanguíneos que fornecem sangue e oxigênio para o coração. É causada por um acúmulo de gordura e outras substâncias que formam placas nas paredes dos vasos. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention, a doença cardíaca é a principal causa de morte para homens e mulheres em os EUA Pesquisadores da Universidade Médica da Carolina do Sul analisaram os resultados de CTA coronária em 480 pacientes com idade média de 55 anos, com dor torácica aguda. Aproximadamente, 65% dos pacientes eram mulheres e 35% eram homens. A possibilidade de síndrome coronariana aguda foi descartada para cada um dos pacientes. Usando CTA coronárias, os pesquisadores foram capazes de determinar o número de segmentos de navios com a placa, a gravidade da obstrução e da composição da placa. “A última scanners CT são capazes de produzir imagens que nos permitem determinar se a placa é calcificada, não calcificadas ou mista”, disse John W. Nance Jr., MD, atualmente residente de radiologia no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, Md . Pesquisadores: Co-autores são U. Joseph Schoepf, MD, Christopher Schlett, MD, Garrett Rowe, BS, J. Michael Barraza, BS, e Fabian Bamberg, MD, MPH 12. Videogames Violentos Podem Alterar a Função Cerebral em Jovens A ressonância magnética de análise funcional (fMRI) detectou no cérebro os efeitos de jogos violentos de videogames, encontrando alterações em regiões cerebrais associadas com a função cognitiva e controle emocional em jovens após uma semana de jogo. “Pela primeira vez, descobrimos que uma amostra de jovens adultos aleatoriamente apresentaram menor ativação em certas regiões frontais do cérebro após uma semana de jogos violentos em casa”, disse Yang Wang, MD, professor assistente de pesquisa no Departamento de Radiologia e Imagem Ciências da Indiana University School of Medicine, em Indianápolis. “Essas regiões do cérebro são importantes para controlar a emoção e comportamento agressivo.” Para o estudo, 22 homens adultos saudáveis, entre 18 a 29 anos, foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 11. Membros do primeiro grupo foram instruídos a jogar um videogame de tiro por 10 horas, em casa, por uma semana. O segundo grupo foi orientado a jogar durante duas semanas. Durante o FMRI, os participantes completaram uma tarefa de interferência emocional, apertando botões de acordo com a cor das palavras apresentadas visualmente. Palavras que indicam ações violentas foram intercaladas entre as palavras não-violentas. Os resultados mostraram que após uma semana de jogo violento, os membros do grupo 2 apresentaram menor ativação no lobo frontal inferior esquerdo durante a tarefa emocional e menos ativação do córtex anterior durante a tarefa de contagem, em comparação com ao grupo 1. “Essas descobertas indicam que o vídeogame violento tem um efeito a longo prazo no funcionamento do cérebro”, o Dr. Wang. Pesquisadores: Co-autores são Tom Hummer, Ph.D., William Kronenberger, Ph.D., Kristine Mosier, DMD, Ph.D., e Vincent P. Mathews, MD Esta pesquisa é apoiada pelo Centro de sucesso dos pais, Indiana. 13. Comer Peixe Reduz Risco de Doença de Alzheimer As pessoas que comem peixe assado ou grelhado semanalmente podem melhorar a saúde do cérebro, reduzindo risco de desenvolver transtorno cognitivo leve (MCI) e doenças como o Alzheimer. “Este é o primeiro estudo a estabelecer uma relação direta entre consumo de peixe, a estrutura do cérebro e do risco de Alzheimer”, disse Cyrus Raji, MD, Ph.D., da Universidade de Pittsburgh Medical Center e da University of Pittsburgh School of Medicine. “Os resultados mostraram que pessoas que consumiam peixe assado ou grelhado pelo menos uma vez por semana tiveram melhor preservação do volume de matéria cinzenta na ressonância magnética em áreas do cérebro em situação de risco para a doença de Alzheimer.” Doença de Alzheimer é uma incurável, doença cerebral progressiva que destrói lentamente a memória e habilidades cognitivas. Os resultados também demonstraram aumento dos níveis de cognição em pessoas que comiam peixe assado ou grelhado. Comer peixe frito, por outro lado, não foi mostrado para aumentar o volume do cérebro ou proteger contra o declínio cognitivo. Pesquisadores: Co-autores estão Kirk Erickson, Ph.D., Oscar Lopez, MD, Lewis Kuller, MD, Michael H. Gach, Ph.D., Paul Thompson, Ph.D., Mario Riverol, MD, Ph.D., e James Becker, Ph.D.

Má alimentação na gravidez causaria diabetes em bebês, diz pesquisa

Dieta pobre afeta distribuição de gordura no corpo dos bebês. Estudo foi desenvolvido por cientistas do Reino Unido. Pesquisadores das universidades Cambridge e Leicester, ambas no Reino Unido, constataram que mães que passam por uma dieta alimentícia pobre durante a gravidez correm o risco de ter um bebê que pode desenvolver diabetes tipo 2 e outras doenças quando chegarem à vida adulta. Segundo os cientistas, a descoberta facilita a forma de identificar pessoas com mais tendência a desenvolver tais patologias, facilitando o tratamento. A investigação científica foi publicada na última semana no periódico “Cell Death and Differentiation”. Testes realizados em ratos apontam que os indivíduos que amamentam em mães que tiveram uma dieta pobre durante a gravidez são menos capazes de armazenar gorduras de forma correta pelo resto da vida, além de afetar a distribuição correta dessas gorduras pelo corpo. Caso contrário, elas poderão se acumular em áreas como o fígado, propenso ao desenvolvimento de doenças. A equipe descobriu que o processo de armazenamento de calorias é controlado por uma molécula chamada miR-483-3p, produzida em níveis elevados em indivíduos que tiveram uma dieta pobre no ventre de sua mãe. “Sabemos que a dieta da mãe durante a gravidez tem um papel importante na saúde da pessoa na fase adulta, mas os mecanismos do corpo que participam deste processo não são bem compreendidos. Agora, mostramos em detalhes como este mecanismo interliga uma dieta pobre a doenças que são percebidas à medida que envelhecemos”, diz Susan Ozanne, da Universidade Cambridge.

Missão da Nasa encontra 3 menores planetas fora do Sistema Solar

Cada astro do trio tem raio 80% menor que o da Terra. No início de 2012, já são conhecidos mais de 700 exoplanetas. A agência espacial norte-americana anunciou a descoberta dos três menores planetas fora do Sistema Solar detectados até o momento. Os astros foram descobertos pela missão Kepler, sonda voltada para a pesquisa de exoplanetas. A descrição dos astros foi feita na revista científica "Nature" em um estudo coordenado por Phil Muirhead, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). O trio gira ao redor de uma estrela chamada KOI-961. São todos rochosos como a Terra, mas possuem menos de 80% o raio do nosso planeta -- aproximadamente 6.370 quilômetros. O menor deles é do tamanho de Marte. A estrela também não é muito grande, sendo vermelha e sendo apenas 70% maior que Júpiter. Ela está a "apenas" 130 anos-luz da Terra -- aproximadamente 1,2 quatrilhão de quilômetros. Eles orbitam muito perto da estrela para poderem ter superfícies habitáveis, já que a temperatura é elevada e a água líquida não deve existir em nenhum dos três astros. Cada giro dos três exoplanetas ao redor de KOI-961 demora apenas dois dias. Estrelas vermelhas essa são conhecidas como anãs-vermelhas e são as mais comuns na Via Láctea.
O conjunto forma o menor sistema planetário que se tem notícia até o momento. Para John Johnson, pesquisador do Caltech, o quarteto mais se parece em extensão com Júpiter e seus satélites. Mas como anãs-vermelhas são comuns na nossa galáxia, os cientistas acreditam que possam existir muitos outros planetas rochosos a serem desvendados. Até janeiro de 2012, mais de 700 exoplanetas são conhecidos, após 16 anos de descobertas de planetas fora do Sistema Solar. O site da missão Kepler traz uma contagem de até 2.326 candidatos a exoplanetas. Novas observações são necessárias para dizer se eles são ou não planetas. Apenas 35 astros foram confirmados como exoplanetas pela missão -- dois deles orbitando duplas de estrelas, revelados na quarta-feira (11). A sonda Kepler foi lançada ao espaço em março de 2009 para investigar 150 mil estrelas em uma região no céu entre as constelações da Lira e do Cisne em busca de exoplanetas que possam reunir as condições para o desenvolvimento da vida. Isso é possível pela mudança no brilho das estrelas observadas, que podem indicar a presença de um planeta próximo. Cada suspeita de exoplanetas deve ser confirmada por observações complementares feitas por grandes observatórios na Terra. No caso do estudo sobre os 3 menores exoplanetas já detectados, foram utilizados os observatórios de Palomar e o W.M Keck, ambos em territórios norte-americanos. Fonte: Nasa USA

Beyoncé dá nome a espécie de mosca rara australiana

Cor dourada do inseto lembra roupa usada pela cantora em videoclipe. Animal foi descoberto em 1981, mas estava guardado em coleções. Uma mosca rara australiana foi batizada em homenagem à diva do pop Beyoncé Knowles pela semelhança do tom dourado do inseto com a roupa usada pela cantora no videoclipe 'Bootylicious' – ainda com o grupo Destiny's Child –, informaram fontes científicas nesta sexta-feira (13). A cor brilhante faz com que a Scaptia (Plinthina) beyoncea se torne "a diva das moscas de todos os tempos", disse Bryan Lessard, entomologista da Organização para a Pesquisa Industrial e Científica da Austrália (CSIRO). O cientista também explicou que batizar a mosca dessa forma dá a oportunidade de demonstrar "o lado divertido da taxonomia", segundo um comunicado da CSIRO.
A mosca foi encontrada em uma área no oeste de Cairns, no nordeste australiano, em 1981, ano em que Beyoncé nasceu. A maioria das moscas do gênero Scaptia foi descrita anteriormente, mas cinco novas do subgrupo Plinthina, à qual pertence a beyonceae, haviam sido guardadas em coleções australianas desde a década de 1970. A organização da pesquisa indicou que vem tentando contato com Beyoncé para que a cantora tenha conhecimento da homenagem, mas ainda não recebeu resposta. Não é a primeira vez que um inseto é batizado em referência a um artista. O cantor canadense Neil Young e a banda Ramones, entre outros, tiveram essa honra, lembrou a emissora local ABC. Fonte:G1

RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA: DESOBSTRUIR ARTÉRIAS FICOU MAIS FÁCIL

Do combate à doença arterial periférica ao tratamento de miomas, a radiologia intervencionista tem cada vez mais indicações Uma boa notícia para quem sofre de doença arterial periférica: a radiologia intervencionista está ajudando os pacientes com obstrução das artérias e veias a recuperarem a circulação. Essa doença ataca as artérias, geralmente fazendo com que placas de gordura se acumulem, diminuindo o calibre e consequentemente a passagem do sangue no local. E a doença é séria: está provado cientificamente que pacientes com problemas de circulação do sangue têm maior risco de ter problemas graves do coração, aumentando inclusive o risco de morte. O problema atinge todas as artérias do pescoço, principalmente as das pernas, do rim e da barriga – a conhecida aorta. Nela, além da obstrução, o que comumente ocorre é a dilatação, chamada de aneurisma de aorta, que nada mais é que uma fraqueza da parede do vaso sanguíneo e quando rompe é fatal, devido à grande perda de sangue. Já a obstrução da artéria renal, por exemplo, causada pelo acúmulo de cálcio e gordura, pode causar hipertensão arterial de difícil controle e sobrecarrega as artérias do coração, trazendo graves riscos. Os principais sintomas da doença vascular periférica podem ser sentidos no dia-a-dia. De acordo com Alexander Ramajo Corvello, radiologista intervencionista do Instituto de Radiologia Intervencionista do Paraná (Inrad), a vida sedentária aliada a uma alimentação rica em gorduras é a combinação perfeita para propiciar o congestionamento das artérias. Se, além disso, a pessoa fumar, o risco de desenvolver o problema é multiplicado. “É preciso passar por exames de rotina e mudar os hábitos alimentares, pois a falta de circulação pode levar a pessoa à morte”, alerta o especialista. Angioplastia Muitas vezes, porém, só é possível saber da existência do problema após a realização de exames. Corvello adverte que alguns sintomas podem ser sentidos durante uma caminhada, por exemplo. Se a pessoa sente muitas dores nas pernas ao caminhar, deve ficar alerta. Também devem se preocupar pessoas com falta de sensibilidade nas pernas, sensação de pernas frias, alteração da coloração da pele, perda da força nos braços ou com a presença de feridas de perna que dificilmente cicatrizam. Estes podem ser alguns indícios de doença arterial periférica, e todos estes sintomas podem ser provenientes de artérias “entupidas”. Para o especialista, é possível controlar a doença na maioria dos pacientes. Além do tratamento medicamentoso, os procedimentos da radiologia intervencionista têm trazido benefícios comprovados cientificamente. Na intervenção é feita uma angioplastia para dilatar as artérias e implantado o stent (pequena prótese metálica tubular), que fica por dentro da parede da artéria, desobstruindo-a e estabilizando o fluxo sanguíneo. Minimamente invasivo, este procedimento é realizado através de uma pequena incisão na virilha. Em relação ao cérebro, as estatísticas médicas apontam a falta de circulação cerebral como sendo a maior causa de sequelas e morte de pacientes no mundo moderno. A obstrução das artérias carótidas também pode ser evitada com a angioplastia, que apresenta baixos índices de complicações (em torno de 1 a 2%) devido ao avanço dos materiais que hoje são utilizados. Um desses materiais é filtro de proteção, que faz com que o paciente esteja protegido de eventuais deslocamentos de placas para a circulação do cérebro durante o procedimento de angioplastia. Este filtro funciona com um pequeno coador que deixa apenas sangue passar, barrando eventuais fragmentos da placa de gordura calcificada. Em todos estes procedimentos o médico é guiado por imagens geradas pelo equipamento de arteriografia digital, que possui altíssima definição e permite enxergar as artérias e veias através de imagens de raio X dinâmico, propiciando a segurança necessária para a realização dos tratamentos. Miomas: nem sempre é necessária a retirada do útero A radiologia intervencionista também auxilia no tratamento de miomas uterinos. A técnica, conhecida como embolização, elimina miomas e preserva o útero, além de ser minimamente invasiva. Alexander Corvello comenta que a técnica de embolização tem ação contrária à aplicada para as doenças vasculares periféricas. Nesses casos, é preciso obstruir as artérias para impedir o fluxo sanguíneo e parar de nutrir os miomas. “É uma técnica segura e eficaz, que existe desde 1979 e é aplicada para tratamento de miomas desde 1995. Com certeza, uma alternativa efetiva para as pacientes que querem tratar o problema sem precisar retirar o órgão”, explica o médico. Assim, mesmo após o tratamento é possível engravidar e a feminilidade é preservada. Dr. Corvello realiza a embolização uterina para miomas desde 2001. Este é um dos tratamentos reconhecidos no rol de procedimentos médicos da Agência Nacional de Saúde, principal órgão regulador do Ministério da Saúde. O procedimento consiste num corte de no máximo dois milímetros na região da virilha, por onde se introduz um fino tubo até as artérias uterinas. Depois de localizados os miomas, são injetadas micropartículas plásticas através do tubo para obstruir as artérias a seu redor. “Assim, as artérias do útero não ‘alimentam’ os miomas e eles param de crescer”, esclarece o especialista. A embolização do mioma do útero é um tratamento não-cirúrgico que leva, em média, uma hora. Não há cortes grandes nem profundos, por isso não causa agressão ao organismo. O radiologista ressalta que o procedimento não interfere nas funções normais do útero, que passa a ser nutrido por circulações colaterais, mantendo sua vitalidade. A realização da embolização uterina é indolor, pois não há terminais de dor no interior das artérias. O material utilizado para obstrução das artérias é um produto sintético utilizado há mais de 35 anos na medicina e que não provoca rejeição do organismo humano. Doença silenciosa Dr. Alexander destaca a importância de as mulheres se informarem sobre a embolização antes de se submeterem a uma cirurgia para a retirada do útero. “Hoje, a medicina disponibiliza técnicas modernas e seguras que preservam o útero da mulher e, consequentemente, a feminilidade”, assegura o médico, salientando sobre a necessidade de mais informação e esclarecimento para a população feminina. A embolização uterina proporciona mais qualidade de vida, mais saúde e disposição às mulheres que sofrem de miomas. A técnica controla os sintomas, como hemorragias e dores, que algumas vezes afetam quem sofre com o problema. As causas ainda não são completamente conhecidas, mas acredita-se que a predisposição genética pode ter alguma influência na sua incidência. Fonte:Dr. Alexander Ramajo Corvello, radiologista intervencionista do Instituto de Radiologia Intervencionista (Inrad)

Como avaliar a prática da Imagenologia mamária

O principal objetivo da mamografia é o diagnóstico precoce do câncer de mama não palpável, pois quando mais precoce o diagnostico, mais eficaz, menos mutilante e menos desconfortável será o tratamento. Para obter esses resultados, dependemos de uma técnica apurada, pois as lesões mamográficas são muito parecidas com o parênquima mamário normal. Os tumores óbvios aparecerão em mamografias realizadas com qualquer técnica, mas os tumores menores e mais difíceis de serem discriminados do parênquima mamário adjacente só serão demonstrados se a mamografia for realizada com alto padrão técnico. Diferentemente de uma indústria, cuja qualidade pode ser aferida imediatamente ao final da linha de produção, o controle de qualidade em diagnóstico mamário requer controles técnicos e epidemiológicos sofisticados. Temos que conhecer nossos falsos positivos e falsos negativos. Esse controle só será possível por um observador atento e organizado, com um cuidadoso compilação de dados para auditoria. Este capitulo discorre sobre como reconhecer uma prática radiológica de alta qualidade. Descrevemos, em linhas gerais, as técnicas de controle de qualidade e mostramos uma maneira prática de saber, no dia-a-dia, como avaliar um serviço de radiologia mamária. Selo do Colégio Brasileiro de Radiologia O Colégio Brasileiro de Radiologia é a instituição que zela pela qualidade técnica da mamografia no Brasil. A ferramenta técnica desenvolvida para esse fim foi um selo de controle de qualidade. Em geral, as clínicas que o possuem exibem tal selo em seus relatórios. A outorga desse selo exige que a clinica cumpra uma série de requisitos técnicos exigidos pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, que incluem radiografias feitas na clínica. Esses requisitos não incluem, porém, uma aferição direta do controle de qualidade, apuração de dados epidemiológicos ou mesmo visitas ao local. Dessa forma, a auditoria realizada sobre o serviço é limitada. Não obstante, a iniciativa do Colégio Brasileiro de Radiologia é um enorme passo dado na direção de uma padronização e uma certificação da qualidade técnica da mamografia no Brasil. Parâmetros técnicos do controle de qualidade: Há uma estrutura mínima de aparelhos que uma clínica radiológica deve ter. Normalmente, descreve-se o processo de mamografia como uma seqüência (ou cadeia) de eventos. Para um bom resultado final, é necessário um bom aparelho de raios X (mamógrafo), com o controle de exposição automático e grande antidifusora, um bom posicionamento, uma boa revelação (ou captação de imagem na mamografia digital), uma análise das radiografias feitas com um radiologista experiente, contando com um negatocópio de alta luminescência em um ambiente apropriado (sala escura, sem distrações) e um relatório que seja bem compreendido pelo médico que solicitou o exame. Todos os itens (elos) dessa cadeia de qualidade podem e devem ser testados individualmente. Cadeia de eventos: Feixe de raio X → Posicionamento → Grade antidifurosa → Qualidade do filme e do sistema de chassi-écran → Câmara escura → Revelação (ou captação da imagem)→ Negatoscópio (ou estação de trabalho em mamografias digitais) → Análise médica do radiologista→ Relatório . Quando o olho humano consegue julgar uma mamografia como inapropriada, como quando enxergamos bem nosso dedo por trás da área enegrecida da radiografia ou quando o parênquima mamário está excessivamente esbranquiçado. Já faz muito tempo que o diagnostico mamográfico está abaixo do ideal. O desejável é que testes de controle de qualidade sejam realizados diariamente, antes da realização primeira mamografia do dia, para assegurar que nesse dia os parâmetros estão no seu melhor desempenho antes de expor uma paciente a radiação. Raios X. Devem gerar radiação na faixa que produza o contraste desejado. Em seguida, os raios são colimados e filtrados para expor a mama apenas aos fótons de energia no aspecto ideal. Pode-se escolher o ponto focal (usam-se pontos focais menores nas técnicas de magnificaçõe). A qualidade da radiação é testada através de aparelhos que conferem se a dose nominal do aparelho é a realmente dispensada, a qualidade do feixe de raios X, o tamanho do ponto focal e a qualidade ca colimação. Grade antidifusora. É um sistema que exclui os raios não paralelos entre si, aumentando a nitidez da imagem. Controle automático de exposição. A dose de radiação é ajustada automaticamente ao tamanho e à densidade de mama por meio das fotocélulas, que captam a radiação distal à mama e informam ao aparelho se já passou uma quantidade adequada de radiação. Posicionamento. A qualidade do posicionamento é avaliada de imediato pelo radiologista. Sistema chassi-écran. Uma boa imagem mamografica depende muito da qualidade do filme, do écran e de um bom contato écran-filme é avaliada por uma radiografia de uma tela de teste. Câmara escura. Deve ser testada com freqüência para limpeza e luz parasita. Qualidade da revelação. Esse é um dos pontos mais críticos. Ela é verificada por meio de testes de densitometria. Um aparelho chamado sensitômetro provoca uma exposição padronizada por um aparelho chamado densitômetro, gerando um gráfico que informa sobre a qualidade da revelação. O Técnico de raios X deve também monitorar cuidadosamente a temperatura da processado. Captação digital da imagem. No caso da mamografia digital, o controle da qualidade da captação da imagem pela tela de fósforo é feito eletronicamente por softwares nos sistemas de mamografia digital. Negatoscópio. Tem que ser de alta luminescência, especial para mamografias, e deve haver freqüente verificação se existem lâmpadas queimadas, pois isso afeta diretamente a homogeneidade da luminosidade. Até mesmo em clínicas que trabalham com mamografias digitais analisam as mamografias em estações de trabalho, há necessidade de negatoscópios para as comparações com exames anteriores. Monitores. No caso de estações de trabalho (mamografia digital), os monitores têm que ser compatíveis com a leitura de mamografias. A especificação técnica desses monitores varia em diferentes países. Nos Estados Unidos, o FDA exige monitores de 5 megapixels e autocalibrantes; outros países exigem 3 megapixels. Radiografia de fantomas (phantoms). O fantoma é um simulador de lesões mamárias, dispostas em pontos conhecidos. Para que uma mamografia seja considerada de boa qualidade, um numero mínimo dessas lesões simuladas deve ser visto a radiografia. È um teste excelente, pois mede o resultado final de vários parâmetros, e deve ser aplicado com freqüência. Do livro Diagnóstico por Imagem da Mama , Dr. Hélio Camargo Jr. Fonte: Radiology.Com.Br

Densitometria Óssea

A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica, caracterizada tanto por uma deficiência quantitativa quanto qualitativa de osso. Tal conceito é universalmente aceito há mais de uma década. No entanto, os métodos de avaliação da microarquitetura óssea permanecem pouco informativos enquanto que a densitometria por DEXA (dual energy x-ray absorptiometry), a técnica mais atual para a medida da densidade mineral óssea, tornou-se “padrão ouro” para o diagnóstico de osteoporose e para uma variedade de aplicações clínicas e de pesquisa. Desde a década de 60, com o desenvolvimento da absorciometria de feixe único de energia (single photon absorptiometry, SPA) para medir a densidade mineral óssea (bone mineral density, BMD) do antebraço, inúmeras modalidades de aparelhos baseados em fontes radioativas e posteriormente em raios X permitiram a medida de sítios ósseos periféricos e axiais, com progressiva melhora na acurácia e precisão. A densitometria óssea por DEXA é um método quantitativo de avaliação da massa óssea extremamente útil. A menor massa óssea é um fator preditivo para fraturas osteoporóticas tão valioso como a hipertensão e níveis de colesterol na avaliação do risco de acidente vascular cerebral e/ou infarto do miocárdio. Em 1994, a Organização Mundial da Saúde, baseada no fato que a medida fornecida pela densitometria por DEXA, a BMD, responde por cerca de 70% da resistência óssea e tem uma relação exponencial com o risco de fraturas (1), com excelente reprodutividade, definiu o diagnóstico densitométrico de osteoporose (2,3). Metodologia e critérios diagnósticos A técnica baseia-se na atenuação, pelo corpo do paciente, de um feixe de radiação gerado por uma fonte de raio X com dois níveis de energia. Este feixe atravessa o indivíduo no sentido póstero-anterior e é captado por um detector. O programa calcula a densidade de cada amostra a partir da radiação que alcança o detector em cada pico de energia. O tecido mole (gordura, água, músculos, órgãos viscerais) atenua a energia de forma diferente do tecido ósseo, permitindo a construção de uma imagem da área de interesse (Fig. 1).
fig. 1 - Densitômetro DPX-IQ Lunar O exame fornece o valor absoluto da densidade mineral óssea da área estudada, em g/cm2. Embora densidade seja uma medida volumétrica e a BMD em posição antero-posterior, que é a mais comumente utilizada, seja o resultado do conteúdo mineral ósseo dividido pela “área” e não por “volume” de osso, existe uma grande correlação entre a densidade por “área” e a densidade real, volumétrica, medida por tomografia computadorizada. O laudo também fornece o número de desvios padrão do resultado obtido em relação à média de adultos jovens, população que representa o pico de massa óssea. Este desvio padrão, ou T-score, é usado para definir o diagnóstico de osteoporose segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde: valores até (-1) desvios padrão (d.p) da média são considerados normais, valores entre (-1,1) e (-2,4) d.p. definem osteopenia e valores ³ (-2,5) d.p. diagnosticam osteoporose. Mais de 90% dos indivíduos com fraturas a mínimos traumas ou atraumáticas têm valores de densidade mineral óssea além de -2,5 desvios padrão da média de adultos jovens e esta é a razão para que este valor de corte fosse escolhido para o diagnóstico de osteoporose, mesmo na ausência de fraturas. Para cada desvio padrão abaixo da média, eleva-se de 1,5 a três vezes o risco de fraturas osteoporóticas, dependendo do sítio ósseo analisado. O Z-score ou número de desvios padrão em relação à média esperada para a idade do paciente é outro parâmetro de interesse, particularmente nas osteoporoses secundárias a doenças crônicas ou ao uso crônico de medicamentos que afetam a massa óssea. A dose de radiação que o operador recebe, mantendo-se a um metro da mesa quando o aparelho estiver em funcionamento, está nos mesmos níveis da radiação ambiental. O paciente recebe uma dose de 6,7 a 31uSV no exame de coluna lombar ou fêmur e uma dose ainda menor no exame de corpo total. Para compreendermos a magnitude destes valores, basta compararmos com uma tomografia (1000uSv) ou com um exame radiográfico de tórax (60 a 200 uSv). Regiões de interesse para a densitometria (4,5) A densitometria por DEXA pode avaliar a coluna lombar (PA e perfil), o fêmur proximal, o antebraço e o corpo inteiro com sua composição corporal. Algumas condições clínicas e/ou artefatos podem prejudicar ou inviabilizar o exame, tais como: realização de exames radiológicos contrastados (enema opaco, tomografia, EED, mielografia, etc.), exames de Medicina Nuclear, próteses e grampos metálicos de sutura (staples) na área do exame, grandes deformidades vertebrais, doença osteodegenerativa tanto em coluna quanto em fêmur, obesidade (> 125 kg), calcificações de tecidos moles adjacentes ou na projeção da área de interesse, antecedente de fraturas, ascite e impossibilidade de posicionamento adequado.
Fig. 2 - Densitometria de coluna lombar O exame da coluna lombar (Fig. 2) em posição póstero-anterior avalia o segmento de L1 a L4, que é usado para o diagnóstico de osteoporose e que apresenta a melhor sensibilidade para a monitoração terapêutica. O exame da coluna lombar na projeção lateral permite que se excluam as estruturas posteriores dos corpos vertebrais, minimizando os efeitos somatórios da doença osteodegenerativa sobre a densidade mineral óssea. Porém, a dificuldade de se posicionar o paciente e as deformidades torácicas comuns nos idosos fazem com que a reprodutibilidade do exame seja inaceitável. Desta forma, o exame lateral não é indicado para o diagnóstico de osteoporose e é usado apenas em condições especiais. Fêmur proximal A análise do exame de fêmur proximal (Fig. 3) envolve a medida de BMD em três regiões: colo de fêmur, trocanter maior e a região do Triângulo de Wards (área de menor densidade da região proximal do fêmur, com predomínio de osso trabecular). Esta área de Wards não pode ser usada para o diagnóstico de osteoporose, pois superestima o percentual esperado de indivíduos osteoporóticos, conforme o último Consenso da International Society for Clinical Densitometry (5). O programa também nos fornece uma medida de todo o fêmur proximal, o fêmur total, que por ser menos dependente de posicionamento e apresentar um coeficiente de variação menor, pode ser muito útil no seguimento do paciente.
fig. 3 - Densitometria de fêmur proximal, revelando alterações morfológicas secundárias à poliomielite Estudos populacionais demonstram que a maioria dos indivíduos normais não apresenta diferenças significativas entre os fêmures direito e esquerdo, não havendo relação com o membro superior dominante. Por esta razão, o exame é realizado rotineiramente apenas à direita, por convenção. No entanto, como em cerca de 10% dos pacientes se observa uma diferença significativa maior que 1d.p. e que pode alterar o diagnóstico para este sítio ósseo, optamos por apresentar o resultado de ambos os fêmures. As condições clínicas que podem justificar esta diferença são osteoartrite acentuada em articulação coxo-femural, doença de Paget em fêmur, seqüelas de acidente vascular cerebral ou poliomielite, fraturas proximais ou distais de membros inferiores e atividades esportivas. Antebraço A avaliação da BMD do antebraço pode ser útil em três situações: no hiperparatiroisdismo primário, pois a perda óssea tende a afetar predominantemente o osso cortical, que pode ser avaliado de forma sensível na diáfise do rádio; quando o fêmur ou a coluna lombar não puderem ser avaliados, para complementação diagnóstica; e nos pacientes com antecedentes familiares de fratura de Colles (rádio distal), pois o fator genético é muito importante neste tipo de fratura. Três regiões são delimitadas: o rádio ultra-distal (com predomínio de osso trabecular), a região diafisária do rádio e ulna (com predomínio de osso cortical) e a região intermediária que inclui tanto osso cortical quanto trabecular. Corpo inteiro O exame do corpo inteiro, ou a composição corporal por densitometria, é o método de escolha para obter-se o conteúdo de gordura e massa magra (músculos, vísceras e água corporal) do organismo, além de fornecer a BMD total do esqueleto. É um método rápido, utiliza pouca radiação e discrimina pequenas variações dos componentes corporais. A análise da composição corporal é útil na avaliação nutricional do indivíduo, na fase de crescimento e aquisição de massa óssea, em programas de condicionamento físico e na evolução e no tratamento de muitas doenças que afetam a massa óssea. A BMD total não deve ser usada para o diagnóstico de osteoporose por sua pouca sensibilidade. Controle de qualidade e reprodutibilidade dos exames Em aparelhos de densitometria óssea calibrados adequadamente e submetidos a rigorosos procedimentos de controle de qualidade, a variação do exame atribuída à máquina, ao operador e decorrente do posicionamento adequado do paciente está em torno de 1% para a coluna lombar, 1,5% para o colo de fêmur e menor que 1% para o exame de corpo total. Nos indivíduos osteoporóticos, a precisão é menor e o coeficiente de variação (CV%) pode alcançar 2 a 2,5%, tanto para a coluna lombar quanto para o colo de fêmur pois, quanto menos osso, mais difícil é medi-lo. Em nosso serviço, avaliando 140 pacientes com média de idade de 53 anos (34 a 81 anos), 50% normais quanto à massa óssea, 35% osteopênicos e 15% osteoporóticos, obtivemos um CV de 0,87% para coluna lombar e de 1,41% para o colo do fêmur. Deste modo, com um intervalo de confiança de 95%, variações maiores que 2,5% para coluna lombar e 4% para o fêmur podem ser consideradas estatisticamente significativas ou relevantes do ponto de vista clínico. Se os exames de densitometria óssea forem repetidos em máquinas de fabricantes diferentes, teremos que somar os erros de precisão de cada máquina, o que dificulta muito a interpretação dos resultados. Critérios para a solicitação da densitometria Na anamnese, a observação de fatores de risco associados à osteoporose não identifica os pacientes com osteopenia com a mesma sensibilidade que a densitometria óssea. Este fato é particularmente relevante na população de mulheres na perimenopausa e nos pacientes que apresentam condições clínicas que induzam uma osteoporose secundária. Quem então deve fazer um exame de densitometria óssea? De acordo com a National Osteoporosis Foundation (NOF), que reúne um grande número de pesquisadores de diversas especialidades envolvidas com osteoporose, estas são as indicações formais para o estudo da massa óssea: • Todos os indivíduos com mais de 65 anos; • Indivíduos com deficiência de hormônios sexuais; • Mulheres na perimenopausa que estejam cogitando usar terapia de reposição hormonal, para auxiliar esta decisão; • Pacientes com alterações radiológicas sugestivas de osteopenia ou que apresentem fraturas osteoporóticas; • Pacientes em uso de corticoterapia crônica; • Pacientes com hiperparatiroidismo primário; • Pacientes em tratamento da osteoporose, para controle da eficácia da terapêutica. Além dessas indicações, existem inúmeras outras condições clínicas que, por predisporem à perda óssea, são consideradas fatores de risco e justificam a avaliação. Os fatores de risco são: Antecedente genético: Inúmeros trabalhos observacionais demonstram a agregação familiar de menor massa óssea e a concordância deste traço em gêmeos mono e dizigóticos. Cerca de 70 a 80% da variação da densidade mineral óssea pode ser atribuída a fatores genéticos. Caucasianos e orientais apresentam maior incidência de fraturas do que populações negras, assim como mulheres de qualquer raça em relação aos homens. Deste modo, o antecedente familiar, particularmente materno, de fraturas osteoporóticas é uma indicação para o exame; Riscos ambientais: Deficiências e/ou distúrbios nutricionais como baixa ingestão de cálcio, baixo peso, dietas de restrição calórica, alcoolismo, excessos de sódio e proteína animal; consumo de cigarro; sedentarismo; longos períodos de imobilização; Doenças crônicas: Hipertiroidismo, tratamento do câncer diferenciado de tiróide com doses supressivas de T4, hipercortisolismo, insuficiência renal crônica, hepatopatias, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças de má absorção intestinal, hipercalciúria idiopática e artrite reumatóide. O risco de fraturas também está associado a maior risco de quedas, principalmente em pacientes com déficit visual, de força muscular no quadríceps e/ou cognitivo, alterações de marcha e disfunções neurológicas que afetem o equilíbrio; Uso crônico de drogas: A incidência de fraturas osteoporóticas em usuários de corticosteróides por mais de seis meses é de cerca de 30 a 50%. Mesmo doses pequenas de glicocorticóides, incluindo os inalatórios, podem causar perda óssea na maioria dos indivíduos. Outras drogas associadas à perda óssea são ciclosporina, bloqueadores da secreção de gonadotrofinas, heparina, anti-convulsivantes como hidantoína, carbamazepina e fenobarbitúricos e os quimioterápicos. Drogas que provoquem hipotensão postural ou alterações do equilíbrio, como anti-hipertensivos, barbitúricos, benzodiazepínicos e diuréticos, podem aumentar o risco de quedas. Referências bibliográficas 1. Miller PD, McClung M. Prediction of fracture risk: bone density. Am J Med Sci 1996; 312: 257-259 2. Reference Data: WHO 1994. Assessment of fracture risk and its application to screening for postmenopausal osteoporosis. Technical Report Series. WHO, Geneva. 3. NIH Consensus Development Panel on Osteoporosis. South Med J 2001; 94(6): 569-573 Baran DT, Faulkner KG, Genant HK, Miller PD, Pacifici R. Diagnosis and management of osteoporosis: guidelines for the utilization of bone densitometry. Calcif Tissue Int 1997; 61: 433-440 4. International Society for Clinical Densitometry Position Development Conference. J Clin Densitom 2002; 5 (suppl): S11-S17. 5. Kanis JA. Diagnosis of Osteoporosis and assessmentof Fracture Risk. Lancet 2002; 359: 1929-1936.

O QUE É RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA?

Aqui você encontra as informações sobre importantes avanços médicos na Radiologia Intervencionista – algumas vezes chamada de cirurgia do século XXI. Os radiologistas intervencionistas são médicos especializados em tratamentos específicos que usam raios-x e outras técnicas de imagem para “enxergar” dentro do corpo. Os procedimentos da Radiologia Intervencionista são um avanço na medicina. Geralmente são mais fáceis aos pacientes, pois precisam de incisões menores, riscos reduzidos, menos dor e menor tempo de recuperação. Perguntas mais frequentes da Radiologia Intervencionista – R.I. O que é R.I.? Os radiologistas intervencionistas usam seu conhecimento em leitura de raios-x, ultra-som e outras imagens médicas para guiar pequenos instrumentos como cateteres (tubos que medem apenas alguns milímetros de diâmetro) através dos vasos sanguíneos ou outros caminhos do corpo, para tratar doenças internas. Quem são os radiologistas intervencionistas? Os radiologistas intervencionistas são médicos especializados em realizar procedimentos médicos que envolvam raios-X. Usando equipamentos de imagem como raios-x, ressonância magnética, ultra-som e tomografia computadorizada, os médicos radiologistas são capazes de diagnosticar doenças. Estes médicos são radiologistas especializados em intervenções percutâneas. O treinamento especializado é certificado hoje pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE). Como a R.I. se desenvolveu? O aumento da capacidade de enxergar dentro do corpo humano com as imagens radiológicas e o desenvolvimento de ferramentas como os cateteres-balão, possibilitaram o avanço da radiologia intervencionista na metade dos anos 70. Os radiologistas intervencionistas foram pioneiros em angiografias coronarianas e outros procedimentos, que já são freqüentes na medicina de hoje. Em 1992, a Associação Americana de Medicina (American Medical Association) reconheceu oficialmente a radiologia intervencionista como uma especialidade médica e hoje há mais de 5000 radiologistas intervencionistas nos Estados Unidos. Em 2001, a Sociedade de Radiologia Intervencionista (The Society of Interventional Radiology – SIR), a associação profissional de radiologistas intervencionistas sediada em Fairfax, Va., aumentou para mais de 3600 médicos associados. Quais as vantagens da R. I.? Os pacientes necessitam de um curto período de internação, não é preciso anestesia geral. Riscos, dor e tempo de recuperação são significativamente reduzidos. Qual o futuro da Radiologia Intervencionista? Enquanto a tecnologia avança e os equipamentos de imagem de alta qualidade se tornam mais disponíveis, a radiologia intervencionista se torna capaz de oferecer aos pacientes e médicos novas possibilidades de tratamento. Procedimentos de Radiologia: Angiografia Um exame de raio-x das artérias e veias que serve para diagnosticar bloqueios e outros problemas de vasos sanguíneos; usa um cateter para entrar no vaso sanguíneo e um agente de contraste para tornar a veia ou artéria visível nos raios-x. Angioplastia com balão Abre vasos sanguíneos estreitos ou bloqueados através de um pequeno balão inserido e inflado dentro do vaso. É usada por radiologistas intervencionistas para desbloquear artérias ou veias obstruidas ou com diminuição de calibre em qualquer lugar do corpo. Drenagem Biliar e Colocação de Stent Se utiliza de um cateter ou um stent (pequeno tubo de malha metálica) para abrir ductos bloqueados e permitir que a bile seja drenada do fígado para o intestino. Acesso Venoso Central Inserção de um tubo abaixo da pele e dentro dos vasos sanguíneos para que o paciente possa receber medicamentos ou nutrientes diretamente na corrente sanguínea ou para que o sangue possa ser retirado. Quimioembolização Aplicação de agentes anti-cancerígenos diretamente no tumor, freqüentemente utilizada para tratamentos de câncer do sistema endócrino, inclusive melanomas e câncer de fígado, com o objetivo de administrar menor quantidade do medicamento com maior contato com o tumor, minimizando os efeitos colaterais que a quimioterapia desencadeia. Embolização Aplicação de agentes coagulantes (espirais, partículas plásticas, gel, espuma) diretamente sobre uma área que esteja com sangramento ou para bloquear o fluxo sanguíneo para uma área problemática, como aneurismas, tumores (uterino fibróide – mioma uterino) e má formações vasculares. Cateterização das Tubas de Falópio (Trompas) Usa um cateter para abrir as tubas de falópio bloqueadas, sem cirurgia, um tratamento para a infertilidade. Gastrostomia Percutânea Tubo para alimentação inserido no estômago de pacientes incapazes de se alimentarem suficientemente pela boca. Manutenção do Acesso de Hemodiálise Uso de angioplastia ou trombólise para abrir enxertos de hemodiálise, que tratam problemas dos rins. Biópsia com agulha Teste diagnóstico para cânceres de mama, pulmão, entre outros, como alternativa para as biópsias cirúrgicas. Ablação de Radiofreqüência Uso da energia de radiofreqüência para destruir tumores cancerosos. Stent Um tubo pequeno e flexível feito de plástico ou malha metálica, usado para tratar uma variedade de condições clínicas – conter vasos sanguíneos obstruídos ou outros caminhos que tenham sido estreitados ou bloqueados por tumores ou obstruções. Stent-graft (Endoprótese) Stent recoberto com material sintético com a finalidade de tratar aneurismas, rupturas de vasos sangüíneos, bem como para refazer o trajeto da bile para o intestino, isolando eventuais tumores. Muito utilizado em tratamento de aneurisma de aorta abdominal. Trombólise Método utilizado para disolver coágulos sangüíneo injetando medicamentos específicos para eliminar os trombos. Como exemplos pode-se citar o tratamento do acidente cerebral (derrame cerebral por falta de fluxo sangüíneo no cérebro); tratamento da embolia de pulmão; tratamento da oclusão das artérias. TIPS (Transjugular Intrahepatic Portosystemic Shunt) Utilizado para tratamento de pacientes com varizes de esôfago por cirrose de fígado devido a hipertensão portal; aonde o radiologista cria uma comunicação entre as duas veias (veia hepática e veia porta), desviando o sangue “represado “e diminuindo o calibre das varizes. Embolização de Artéria Uterina Um procedimento de embolização das artérias uterinas para sangramento pós-parto, potencialmente prevenindo a histerectomia. O mesmo procedimento é usado para tratar tumores fibróides e pode ser chamado de EFU (Embolização Fibróide Uterina). Embolização de Aneurismas Intracranianos Procedimento pelo qual se “oclue”o aneurisma por meio de microcaracteres e molas de platina (“coils”) sem que haja necessidade de cirurgia. Vertebroplastia Procedimento indicado para tratamento de Dor Crânica por fratura ou pinçamento dos ossos da coluna vertebral. São ocasionados por Osteoporose, Tumores e Hemangioma. O tratamento é realizado com anestesia local e consiste na injeçào de um cimento médicom para reconstruir o osso. EMBOLIZAÇÃO Em 1997, surgiu uma alternativa às mulheres que precisam lutar contra os miomas uterinos. A embolização das artérias uterinas é um procedimento seguro, muito mais confortável e com uma recuperação bem mais rápida para as pacientes. “Os miomas são tumores benignos, não-cancerosos, que se desenvolvem na parede do útero e podem ter tamanhos variados, de um a 10 centímetros”, esclarece o Dr. Alexander Ramajo Corvello, médico especialista em radiologia intervencionista que vem realizando a prática da embolização aqui em Curitiba. Como os sintomas nem sempre são perceptíveis, os tumores podem ser diagnosticados em exame ginecológico de rotina e complementados com a ecografia do útero ou a ressonância magnética. Os profissionais médicos do Inrad/Endorad atedem no serviço de Radiologia Intervencionista nos seguintes Hospitais: Em Curitiba: Hospital Santa Cruz, Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, Hospital São Vicente – FUNEF, Hospital Vita, Hospital da Cruz Vermelha Em Guarapuava: Hospital São Vicente de Paula, Em Maringá: Hospital Paraná, todos sob a supervisão do Dr. Alexander Corvello. fonte: http://www.inrad.com.br

Aneurisma de Aorta

O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é uma doença degenerativa de extremos. O paciente corre o risco iminente de morte, se não tiver o problema diagnosticado a tempo. Ou fica curado, quando consegue monitorar a evolução e tem o tratamento adequado. O AAA é caracterizado pela dilatação da artéria aorta, a maior do corpo humano. O calibre normal é de 2 centímetros de diâmetro. A partir dos 3 centímetros, a dilatação já é considerada um aneurisma.A incidência é maior em pessoas com mais de 60 anos. A média é de 6%, contra 4% na população em geral. Mas a maior parte dos pacientes só descobre o problema quando é tarde demais. Em 20 anos de profissão, o radiologista intervencionista Alexander Corvello, do Hospital Santa Cruz, só viu um paciente ser salvo com aneurisma roto. “Isso porque o sujeito estava dentro do hospital e a intervenção foi imediata”, conta. Apesar da alta mortalidade, o AAA pode ser diagnosticado a tempo de um controle definitivo. Em geral, o problema é descoberto durante exames de rotina ou investigação de outras doenças. Isso porque o AAA não provoca nenhum sintoma. No máximo, um desconforto abdominal, ainda assim quando o sujeito é muito magro. A hereditariedade é um dos fatores de risco para desenvolver a doença. A incidência é de 20% em pessoas que têm parentes de primeiro grau com o diagnóstico. A hipertensão arterial, o tabagismo e a arteriosclerose também contribuem para a dilação do calibre da aorta. As placas de gordura se infiltram na parede do vaso sanguíneo, forçando a ruptura. “São casos mais raros, de aneurisma de aorta abdominal com dissecção”, observa o médico Alexander Corvello. O controle da alimentação, o combate ao sedentarismo e à obesidade contribuem para reduzir a chance de formação de aneurisma, mas não há prevenção. Entre 3 e 4,5 centímetros de dilatação, o AAA tem tratamento clínico, justamente com o controle dos fatores de risco. Monitoramento de pressão arterial, alimentação saudável e a realização periódica de exames de imagem são fundamentais para acompanhar a evolução do aneurisma. Há especialistas que indicam a cirurgia a partir dos 4,5 a 5 centímetros de diâmetro. O aposentado João Olivo Cavalari, de 74 anos, descobriu que tinha um AAA durante a bateria de exames que precisou fazer depois de um enfarte, há seis anos. Além do problema cardíaco, o cigarro o colocava no grupo onde a indicação de uma cirurgia aberta para correção de aneurisma era um risco de morte. Cavalari foi submetido à técnica endovascular e ficou surpreso com a rapidez da recuperação. “Não senti nada depois da cirurgia. Até brinquei com a equipe médica, dizendo que eles não tinham me operado. Estou curado”, diz. O tratamento cirúrgico clássico do aneurisma de aorta abdominal é feito com a substituição da porção dilatada da aorta por uma prótese de poliéster, semelhante a um conduíte de fiação telefônica, que substitui o vaso sanguíneo e faz a ligação entre as artérias renais e as ilíacas. Além de invasiva, a cirurgia exige mais tempo de internação hospitalar e uma reabilitação mais demorada. O risco de complicações durante o período intra e pós-operatório, até 30 dias depois da cirurgia, também é alto. Chega a 10% em pacientes de risco. A técnica de endoprótese, composta por um stent revestido de poliéster ou material semelhante, implantada por cateterismo, derruba a mortalidade para 2,5% para o mesmo grupo de pacientes. O radiologista intervencionista Alexander Corvello, do Hospital Santa Cruz, defende a aplicação da endoprótese em todo paciente com diagnóstico de aneurisma de aorta abdominal que tenha condições anatômicas para a realização da cirurgia, independente da idade. “O material está em constante evolução e tem vantagens sobre a técnica convencional”, defende. Osvaldo Caldarte, de 80 anos, foi o primeiro paciente do Sul do país a fazer a endoprótese, há dez anos, no Hospital Santa Cruz. Descobriu o AAA depois de duas paradas cardíacas, em 1993. Abalado com o diagnóstico de cardiopatia, Caldarte peregrinou por alguns consultórios até receber a proposta da cirurgia endovascular. Considera o médico que o operou um heroi. “Disso eu não morro mais”, comemora o aposentado. A saúde vai tão bem que há três anos Caldarte é o síndico do condomínio de 52 apartamentos, onde mora. “Ninguém quer assumir a função. Dou conta de tudo.” fonte: http://www.inrad.com.br