terça-feira, 6 de novembro de 2012

Estudo aponta peso de variações genéticas no melanoma cutâneo

Estudo aponta peso de variações genéticas no melanoma cutâneo Portadores das formas específicas de genes têm até três vezes mais chances de desenvolver o melanoma cutâneo do que os demais.
Pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aponta o peso de polimorfismos gênicos ou variações genéticas no melanoma cutâneo - um tipo de tumor com baixa incidência que representa 5% dos tumores de pele, mas de alta letalidade. O estudo da bióloga e doutoranda Cristiane de Oliveira avaliou a influência dos polimorfismos no risco do melanoma cutâneo. Segundo dados da pesquisa, portadores das formas específicas dos genes têm até três vezes mais chances de desenvolver o melanoma cutâneo do que os demais. A pesquisa, orientada pela médica Carmen Silvia Passos Lima, da Disciplina de Oncologia Clínica do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp foi realizada com pacientes do Hospital de Clínicas (HC) e doadores de sangue do Hemocentro da Unicamp. " Foram identificados, no estudo, indivíduos de nossa população com maior predisposição herdada para desenvolver melanoma cutâneo. Esses indivíduos receberam de seus ancestrais genes menos ativos no reparo de lesões cutâneas causadas por raios ultravioleta da luz solar ou na morte de células lesadas" , disse a médica Carmen Silvia Passos Lima. Segundo Cristiane, alguns polimorfismos, particularmente associados, alteram o risco de ocorrência do melanoma cutâneo. "Estes resultados necessitam confirmação em indivíduos de outras regiões do país, para que possamos, de fato, definir os papéis desses polimorfismos gênicos na ocorrência do melanoma cutâneo em nossa população" , disse. Prevenção A melhor maneira de evitar o melanoma cutâneo é a prevenção. O teste, chamado genotipagem, pode identificar indivíduos com maior predisposição herdada para a ocorrência do tumor, que mereçam receber recomendações adicionais para evitar a exposição da pele aos efeitos nocivos do sol. É realizado em células da mucosa bucal ou do sangue periférico. No Brasil, o exame não é oferecido na rede pública de saúde, apenas por falta de recursos financeiros. Segundo Cristiane, o custo o exame custa cerca de dez reais, valor considerado irrisório perto do necessário para o tratamento de paciente portador do câncer de pele. Assim, como não é possível identificar do ponto de vista genético grupos de alto risco para a ocorrência do melanoma cutâneo, a pesquisadora sugere que se adotem medidas bastante conhecidas para a prevenção do tumor na população em geral: evitar a exposição ao sol nos horários de pico - entre 10 e 16 horas -, e usar óculos de sol, chapéu ou boné, protetor solar ou blusas de manga comprida, quando a exposição ao sol é inevitável. E, ao perceber lesões cutâneas assimétricas, de várias cores, ou com aumento ou regressão em seu tamanho ao longo do tempo, em qualquer região do corpo, um dermatologista deve ser consultado. " O nosso futuro pode ser determinado no berço. Cabe a nós saber o que fazer para prevenir tumores para os quais nascemos predispostos, como nos proteger dos efeitos insalubres da luz solar para evitar o melanoma cutâneo" , disse a especialista. Fonte: Isaude.net

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