quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Ondas de ultrassom aumentam permeabilidade da pele a medicamentos Técnica pode abrir caminho para a entrega de remédios de forma não invasiva, sem o uso de agulhas ou vacinas.
Cientistas do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, descobriram uma maneira de aumentar a permeabilidade da pele a medicamentos utilizando ondas de ultrassom. A técnica pode abrir caminho para a entrega de remédios de forma não invasiva, sem agulha ou vacina. "Isso pode ser utilizado para medicamentos de uso tópico, como esteróides, cortisol, por exemplo, medicamentos sistêmicos e proteínas como a insulina, bem como antígenos para a vacinação, entre muitas outras aplicações", afirma um dos autores do projeto Carl Schoellhammer. Em um artigo publicado no Journal of Controlled Release, os pesquisadores descobriram que a aplicação de dois feixes separados de ondas de ultrassom, um de baixa e um de alta frequência, pode aumentar a permeabilidade de maneira uniforme em toda a região da pele mais rapidamente do que usando um único feixe de ondas de ultrassom. Quando as ondas de ultrassom viajam através de um fluido, elas criam pequenas bolhas que se movem de maneira caótica. Uma vez que as bolhas atingem um determinado tamanho, tornam-se instáveis e implodem. Fluidos circundantes preenchem o espaço vazio, gerando fluidos de alta velocidade que criam abrasões microscópicas na pele. Neste caso, o fluido pode ser água ou um líquido que contém o medicamento a ser administrado. Nos últimos anos, pesquisadores que trabalham para melhorar a entrega transdérmica de medicamentos concentraram-se em ultrassom de baixa frequência. No entanto, esses sistemas geralmente produzem desgastes em pontos aleatórios espalhados, em toda a área tratada. No novo estudo, Schoellhammer e Robert Langer descobriram que a combinação de frequências altas e baixas oferece melhores resultados. As ondas de ultrassom de alta frequência geram bolhas adicionais, que são implodidas pelas ondas de baixa frequência. As ondas de ultrassom de alta frequência também limitam o movimento lateral das bolhas, mantendo-as na área a ser tratada e criando uma abrasão mais uniforme. "É uma forma muito inovadora para melhorar a tecnologia, aumentando a quantidade de medicamento que pode ser entregue através da pele e ampliando os tipos de drogas que poderiam ser entregues desta forma", afirmam os autores. Os pesquisadores testaram sua nova abordagem usando pele de porco e descobriram que ela aumentou a permeabilidade muito mais do que um sistema de frequência única. Primeiro eles entregaram as ondas de ultrassom e, em seguida, aplicaram glicose ou insulina na pele tratada. A glicose foi absorvida 10 vezes melhor, e a inulina quatro vezes melhor. De acordo com os pesquisadores, o novo sistema pode ser usado para fornecer qualquer tipo de medicamento que atualmente é dado por cápsula, aumentando potencialmente a dosagem que pode ser administrada. Ele poderia também ser usado para administrar medicamentos para doenças da pele, tais como acne ou psoríase, ou para melhorar a atividade de sistemas transdérmicos já em uso, tais como os adesivos de nicotina. Fonte: Isaude.net

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