terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Técnica interfere no metabolismo bacteriano para combater infecções

Técnica interfere no metabolismo bacteriano para combater infecções Aumento da produção de espécies reativas de oxigênio nas células de E. coli enfraqueceu mais a bactéria que antibióticos atuais.
Cientistas do Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, nos EUA, descobriram uma forma de interferir no metabolismo das bactérias de E. coli, tornando-as mais fracas do que o tratamento antibiótico atual. "Estamos em necessidade crítica de novas estratégias para impulsionar o nosso arsenal de antibióticos. Com poucos novos antibióticos em desenvolvimento, estamos descobrindo novas formas de aproveitar e explorar certos aspectos da fisiologia bacteriana", afirma o autor sênior Jim Collins. Collins e seus colegas, utilizando modelos de computador sofisticados e biotecnologia, focaram em uma parte pouco compreendida, mas chave, do metabolismo bacteriano chamado de produção de ROS. ROS, ou "espécies reativas de oxigênio", incluem moléculas como superóxido e peróxido de hidrogênio, que são subprodutos naturais da atividade metabólica normal. Bactérias normalmente lidam muito bem com elas, mas muitas podem causar sérios danos ou até mesmo matar a célula. Os mecanismos genéticos precisos pelos quais E. coli produz ROS ainda não são conhecidos, mas a equipe adotou um modelo de computador padrão que mapeia o metabolismo de E. coli. Os pesquisadores começaram adicionando centenas de reações metabólicas ao modelo que são conhecidas por aumentar a produção de ROS. Em seguida, eles excluíram vários genes para ver quais estavam envolvidos na produção de ROS. "O próximo desafio era determinar se o aumento da produção de ROS pela própria célula poderia torná-la mais suscetível à morte por ataque oxidativo, ergo e antibiótico", observa Collins. A equipe excluiu de uma série de genes que levam à maior produção de ROS na célula, adicionou antibióticos diferentes e biocidas tais como lixívia, e as células morreram, a uma taxa muito mais elevada do que as células sem os genes suprimidos. Em suma, por meio da interferência no metabolismo das bactérias, os antibióticos e os biocidas foram ainda mais letais para as células. Os próximos passos da equipe são o uso de tecnologias de triagem molecular para identificar com precisão as moléculas que impulsionam a produção de ROS, além de testar a abordagem utilizada neste estudo de E. coli em outros tipos de bactérias. A pesquisa foi relatada na revista Nature Biotechnology. Fonte: Isaude.net

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