quinta-feira, 6 de junho de 2013

Médicos implantam vaso sanguíneo artificial no braço de paciente humano Procedimento pioneiro nos EUA foi realizado em um homem de 62 anos de idade que sofre de insuficiência renal. Médicos do Duke University Hospital implantaram, pela primeira vez nos EUA, um vaso sanguíneo criado em laboratório no braço de um paciente humano com doença renal em estágio final. O primeiro paciente a receber o implante foi um homem de 62 anos de idade, de Danville, Virgínia, que tem insuficiência renal. Ele recebeu o enxerto de veia em um procedimento de duas horas no dia 5 de junho de 2013. O procedimento, primeiro ensaio clínico dos EUA para testar a segurança e a eficácia do vaso sanguíneo criado por meio da bioengenharia, é um marco no campo da engenharia de tecidos. O vaso sanguíneo foi criado com base em células humanas doadas, sem propriedades biológicas que causem a rejeição. Em testes pré-clínicos, as veias tiveram desempenho melhor do que outros implantes sintéticos e de origem animal. A Food and Drug Administration dos EUA (FDA) aprovou, recentemente, um estudo fase 1, envolvendo 20 pacientes em diálise nos Estados Unidos. O julgamento inicial concentra-se em implantar os vasos sanguíneos em um local de fácil acesso nos braços de pacientes renais em hemodiálise. Mais de 350 mil pessoas nos Estados Unidos requerem hemodiálise, que muitas vezes necessita de um enxerto para ligar uma artéria a uma veia para agilizar o fluxo de sangue durante os tratamentos. As opções atuais têm desvantagens. Enxertos vasculares sintéticos são propensas à coagulação, levando a frequentes hospitalizações. Se as veias criadas por meio da bioengenharia forem benéficas para pacientes de hemodiálise, em última análise, os pesquisadores pretendem desenvolver um enxerto prontamente disponível e durável para as cirurgias de ponte de safena e para o tratamento de vasos sanguíneos bloqueados nos membros. Inicialmente, os investigadores tentaram desenvolver veias utilizando as próprias células de uma pessoa para crescer em andaime, reduzindo o risco de que o corpo do paciente rejeite o tecido implantado. Mas cultivar veias personalizadas levou muito tempo e descartou a produção em massa, de modo que os pesquisadores mudaram de rumo para desenvolver um produto universal. Eles utilizaram, então, tecido humano doado. "Quando implantados em animais, os enxertos de veia efetivamente adotaram as propriedades celulares de um vaso sanguíneo. Eles não apenas evitaram a rejeição, mas tornaram-se indistinguíveis dos tecidos vivos conforme as células cresceram no implante", observa a pesquisadora Laura Niklason. Segundo os pesquisadores, o enxerto é funcionalmente ativo. "Nós não saberemos, até testá-lo, se ele funciona dessa maneira nos seres humanos, mas sabemos a partir dos modelos animais que o sangue flui através dos vasos sanguíneos e têm as propriedades naturais que mantêm as células sanguíneas saudáveis", afirma Jeffrey H. Lawson, que ajudou a desenvolver o vaso sanguíneo. Fonte: Isaude.net

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